Polícia encontra roupas infantis e objetos sexuais em casa de médico acusado

A prisão do médico e vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 39 anos, provocou comoção em Mato Grosso. Detido no sábado (31), ele é acusado de envolvimento em crimes graves relacionados à exploração sexual de menores e armazenamento de pornografia infantil. A ação foi conduzida pela Polícia Civil, que flagrou o parlamentar com material ilícito em sua residência e consultórios.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os investigadores localizaram um grande volume de imagens com conteúdo de pornografia infantil. Conforme revelado pelas autoridades, parte do material teria sido não apenas guardada, mas também produzida e distribuída por Bitencourt. Outros itens encontrados incluíam acessórios de conotação sexual e peças de roupa infantil feminina.

A descoberta desses objetos chamou a atenção dos investigadores, especialmente pelo fato de o médico morar sozinho e não ter filhos. Isso levou a polícia a investigar a hipótese de que os itens estivessem ligados a fantasias sexuais, tornando o caso ainda mais preocupante. $&&$“Ele se aproveitava da profissão para se aproximar de vítimas em situação de vulnerabilidade”$, afirmou o delegado Flávio Leonardo, responsável pela apuração.

A situação ganhou contornos ainda mais graves após a acusação de que o vereador teria mantido uma adolescente sob condição de escravidão sexual. A Justiça rapidamente converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e o processo segue em sigilo para proteger as vítimas envolvidas.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) comunicou a abertura de uma sindicância para apurar a conduta ética do profissional. O órgão declarou que medidas mais severas poderão ser adotadas após a conclusão da investigação interna.

A Câmara Municipal de Canarana, onde o suspeito exerce o mandato, se pronunciou oficialmente. Em nota, confirmou o afastamento de Bitencourt de suas funções legislativas e repudiou os atos atribuídos ao parlamentar. A Casa afirmou que aguardará os próximos passos da investigação antes de tomar novas providências.

Até o momento, os advogados de defesa do vereador não apresentaram nenhuma declaração pública sobre o caso.

O inquérito segue sob responsabilidade da Delegacia de Polícia Civil de Mato Grosso, e o caso tem gerado forte repercussão entre moradores da região e nas redes sociais.