Smartphones talvez estejam com os dias contados

Vendas globais estão em queda e mostram que falta inovação

Por Plox

03/07/2019 11h44 - Atualizado há quase 5 anos

Os smartphones, nas últimas décadas, têm causado um impacto muito forte na sociedade. Onipresentes, acabaram transformando a maneira como as pessoas se relacionam, funcionando como plataformas com várias funções, chegando a se tornar indispensável no mundo dos negócios, impulsionando transações financeiras e um número incontável de atividades econômicas.

Entretanto, uma corrente cada vez maior de especialistas sugerem que os smartphones podem estar com os dias contados. A Samsung, empresa que liderou o mercado em 2018, com 292 milhões de smartphones vendidos, o que representa um participação de mercado de 20,8%, teve a maior queda da história. “Os últimos 10 anos foram a era do smartphones”, disse DongJin Koh, presidente da divisão de celulares da empresa.

O próprio resultado da Samsung é um indicador de que os celulares bateram no topo. No ano passado, as vendas da empresa caíram 8% em relação ao ano anterior. Considerando todos os fabricantes, os negócios diminuíram 4,1%, segundo dados da consultoria IDC.

Para o consultor de tecnologia Eduardo Tancinsky, o fim dos smartphones acontecerá antes do esperado. “Até pouco tempo atrás, projeções da indústria mostravam que os aparelhos dominariam o mercado por um longo período, mas a inovação tecnológica está acelerando o processo de substituição dos dispositivos eletrônicos”, informa. “O futuro, e quando falo de futuro estou me referindo a no máximo 10 anos, será dominado por telas virtuais que serão exibidas em qualquer lugar, inclusive em nossas roupas.”

É provável que novos dispositivos que o mundo nem sequer conhece tomem conta da comunicação e interação entre as pessoas, tornando os smartphones ultrapassados.

Enquanto isso não acontece, as disputas do mercado estão cada vez mais acirradas. Segundo dados do IDC, a liderança da Samsung é acompanhada de perto pela americana Apple (que detém 14,9% de participação) e pela chinesa Huawei (14,7%, praticamente empatada no segundo lugar). Em quarto lugar aparece outra chinesa, a Xiaomi (8,7% de mercado), que tem adotado nos últimos 2 anos uma política agressiva de lançamentos.

Se as vendas de smartphones estão em queda, a guerra comercial entre Estados Unidos e China acrescentou outros desafios ao setor. Segundo um estudo do banco J. P. Morgan, as disputas entre os países podem tornar os iPhones 14% mais caros. Se isso de fato acontecer, será mais uma razão para levar a novas quedas de vendas.

Atualizado às 12h56.

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