Esquema de proteção veicular ilegal em BH: PF Investiga faturamento de R$ 650 Milhões
A ação resultou no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão na capital de Minas Gerais.
Por Plox
03/07/2023 14h06 - Atualizado há mais de 1 ano
Na manhã de hoje, 3 de julho, em Belo Horizonte, a Polícia Federal lançou uma operação contra uma empresa suspeita de operar ilegalmente no setor de seguros veiculares. A investigação revelou que a associação de proteção veicular teria arrecadado mais de R$ 650 milhões através de práticas fraudulentas. A ação resultou no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão na capital de Minas Gerais.
Lavagem de Dinheiro e Vida de Luxo
As investigações da Polícia Federal indicam que o proprietário da empresa teria usado terceiros, conhecidos como “laranjas”, para gerenciar o negócio. Além disso, ele é suspeito de criar um esquema de lavagem de dinheiro para se apropriar dos valores pagos pelos clientes. Com o dinheiro arrecadado, o empresário supostamente levava uma vida luxuosa, com propriedades, carros e viagens internacionais, chegando a residir em Miami, Estados Unidos.
Empresas Coligadas e Possíveis Conflitos de Interesse
A Polícia Federal revelou que todas as empresas que prestavam serviços à organização em questão eram de propriedade de pessoas associadas ao empresário. Isso inclui, por exemplo, uma empresa de atendimento telefônico 24 horas.
Indiciamento e Possíveis Consequências Legais
O empresário foi indiciado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, crime contra as relações de consumo e operação de instituição financeira sem autorização estatal. Caso seja condenado por todas essas acusações, ele poderá enfrentar mais de vinte anos de prisão. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal para possível denúncia na Justiça Federal em Belo Horizonte.
Alerta às Vítimas e ao Público em Geral
O Procon da Assembleia de Minas Gerais emitiu um alerta sobre os riscos de contratar seguros através de associações. Segundo a entidade, “É um seguro sem qualquer respaldo jurídico, de empresas que não são fiscalizadas pela Susep e não têm reserva técnica. Não se sabe como está a higidez financeira destas associações, nem se há dinheiro para pagar a cobertura prometida, não há qualquer fiscalização estatal. É muito comum que a associação simplesmente desapareça na hora que o cidadão necessite usar a cobertura”.
O Supremo Tribunal Federal também tomou uma decisão relevante em maio de 2023, considerando inconstitucionais as leis estaduais que permitiam as Associações de Proteção Veicular. O Ministro Gilmar Mendes destacou a existência de uma jurisprudência pacífica sobre a atuação irregular dessas associações, e ressaltou o grande número de ações propostas para impedir a atividade ilegal de seguros veiculares por tais entidades.
A Polícia Federal aconselha os clientes que contrataram serviços de associações de proteção veicular a se informarem sobre os contratos assinados e a permanecerem atentos ao possível encerramento dessas empresas, a fim de evitar prejuízos e inseguranças.
Associações de Seguros: Um Risco para os Consumidores
Autoridades alertam que o seguro automotivo oferecido por “associações” representa um risco para os consumidores. O esquema ganhou popularidade nos últimos anos, mas essas entidades não possuem autorização do Estado para comercializar seguros automotivos. A Polícia Federal informa que a comercialização de seguros no Brasil deve ser autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), porém, as associações de proteção veicular não possuem essa autorização.
Muitos consumidores, atraídos por preços baixos, acabam contratando os serviços dessas associações. No entanto, quando necessitam acionar a cobertura veicular, frequentemente enfrentam problemas, como oficinas de má qualidade, falta de indenização por danos, e dificuldades em receber os valores devidos. Além disso, as autoridades destacam que ao acionar a justiça, muitos descobrem que, legalmente, não são considerados consumidores e ficam em uma situação de desproteção.
As associações de proteção veicular, de acordo com a Polícia Federal, frequentemente enganam os cidadãos com promessas de coberturas inexistentes e utilizam um amplo aparato de marketing, incluindo publicidade em camisas de times de futebol, rádio, outdoors e diversos pontos de vendas espalhados pelo Brasil.
Proteção aos Consumidores
Diante dos riscos e da falta de regulamentação das associações de proteção veicular, é essencial que os consumidores estejam informados e cautelosos ao contratar seguros. A decisão do Supremo Tribunal Federal e a operação da Polícia Federal em Belo Horizonte sinalizam uma crescente conscientização e possíveis ações para combater essas práticas ilegais. Contudo, a participação ativa e informada do consumidor continua sendo uma ferramenta vital na proteção de seus próprios interesses.uatuação irregular dessas associações, e ressaltou o grande número de ações propostas para impedir a atividade ilegal de seguros veiculares por tais entidades.
A Polícia Federal aconselha os clientes que contrataram serviços de associações de proteção veicular a se informarem sobre os contratos assinados e a permanecerem atentos ao possível encerramento dessas empresas, a fim de evitar prejuízos e inseguranças.
Associações de Seguros: Um Risco para os Consumidores
Autoridades alertam que o seguro automotivo oferecido por “associações” representa um risco para os consumidores. O esquema ganhou popularidade nos últimos anos, mas essas entidades não possuem autorização do Estado para comercializar seguros automotivos. A Polícia Federal informa que a comercialização de seguros no Brasil deve ser autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), porém, as associações de proteção veicular não possuem essa autorização.
Muitos consumidores, atraídos por preços baixos, acabam contratando os serviços dessas associações. No entanto, quando necessitam acionar a cobertura veicular, frequentemente enfrentam problemas, como oficinas de má qualidade, falta de indenização por danos, e dificuldades em receber os valores devidos. Além disso, as autoridades destacam que ao acionar a justiça, muitos descobrem que, legalmente, não são considerados consumidores e ficam em uma situação de desproteção.
As associações de proteção veicular, de acordo com a Polícia Federal, frequentemente enganam os cidadãos com promessas de coberturas inexistentes e utilizam um amplo aparato de marketing, incluindo publicidade em camisas de times de futebol, rádio, outdoors e diversos pontos de vendas espalhados pelo Brasil.
Proteção aos Consumidores
Diante dos riscos e da falta de regulamentação das associações de proteção veicular, é essencial que os consumidores estejam informados e cautelosos ao contratar seguros. A decisão do Supremo Tribunal Federal e a operação da Polícia Federal em Belo Horizonte sinalizam uma crescente conscientização e possíveis ações para combater essas práticas ilegais. Contudo, a participação ativa e informada do consumidor continua sendo uma ferramenta vital na proteção de seus próprios interesses.