Meningite: desvendando a doença que assusta pela rapidez e gravidade
É uma doença que pode ser desencadeada por diversos agentes infecciosos, como vírus, fungos e bactérias.
Por Plox
03/07/2023 22h28 - Atualizado há cerca de 2 anos
Entenda a ameaça silenciosa da meningite e como ficar alerta
Desvendando a meningite e sua forma mais temida
A meningite, uma inflamação das meninges - membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal -, é uma doença que pode ser desencadeada por diversos agentes infecciosos, como vírus, fungos e bactérias. Uma das formas mais alarmantes desta enfermidade é a doença meningocócica, que é causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitidis ou meningococo.

Esta bactéria em particular tem o potencial de se espalhar facilmente, principalmente através de secreções respiratórias, quando há contato próximo entre pessoas. O fator alarmante da Neisseria meningitidis é a sua capacidade de desencadear casos severos de meningite e outras complicações como sepse meningocócica e meningococcemia.
O caminho para o diagnóstico e o combate à meningite
A rapidez com que a doença meningocócica pode progredir torna essencial o reconhecimento dos sintomas, que podem variar. Alguns dos sintomas mais comuns incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, sensibilidade à luz, náuseas, vômitos, manchas vermelhas ou roxas na pele, confusão mental, sonolência excessiva, convulsões e irritabilidade. Cabe ressaltar que nem todos os sintomas se manifestam em todos os casos e que a condição pode avançar rapidamente para quadros críticos.
Quando há suspeita de meningite, é vital procurar uma avaliação médica. Médicos geralmente estarão atentos a sintomas-chave como febre alta, rigidez de nuca e manchas na pele. A partir da suspeita, são solicitados exames laboratoriais e de imagem para verificar sinais de inflamação nas meninges ou no cérebro. É também importante coletar amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano para identificar a presença da bactéria Neisseria meningitidis e avaliar a sensibilidade desta a antibióticos.
Uma vez diagnosticado com doença meningocócica, o paciente deve ser internado em isolamento hospitalar. O tratamento envolve a administração de antibióticos específicos para combater a infecção pela bactéria. Além disso, cuidados adicionais podem incluir a administração de líquidos intravenosos para garantir hidratação e medicamentos para aliviar a dor, controlar a febre e, se necessário, reduzir a pressão intracraniana. Pacientes com alto risco de desenvolver sepse ou choque séptico podem necessitar de cuidados intensivos, sendo transferidos para a UTI, onde são monitorados em relação aos níveis de oxigênio e ao funcionamento de órgãos vitais, como os rins.
Prevenção: A Primeira Linha de Defesa
Como a meningite é uma doença potencialmente perigosa e de rápida progressão, a prevenção é um elemento-chave no controle de sua disseminação. Felizmente, existem vacinas disponíveis tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada, que ajudam a imunizar contra os principais agentes infecciosos causadores da meningite.
O Programa Nacional de Imunização inclui em seu calendário de vacinação infantil a "vacina meningocócica C (conjugada)" que protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C da bactéria. Além dela, a "vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)" protege contra doenças invasivas, incluindo a meningite, causadas pelo Streptococcus pneumoniae. A vacina pentavalente protege contra doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como a meningite, bem como outras doenças como difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Uma outra vacina disponível é a meningocócica ACWY (conjugada), que oferece proteção contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y da bactéria.
Além da imunização, é essencial manter-se informado e atento aos sintomas, procurando assistência médica o mais rápido possível em caso de suspeita da doença, para que o tratamento possa ser iniciado imediatamente, minimizando as chances de complicações graves.
Ao permanecermos vigilantes e tomando medidas preventivas, como a vacinação, podemos desempenhar um papel ativo na proteção de nós mesmos e de nossas comunidades contra a ameaça representada pela meningite e suas formas mais severas.