Justiça exige explicações de Erika Hilton sobre contrato de segurança

Deputada e vereadora têm 20 dias para esclarecer contratação de empresa sem autorização da PF

Por Plox

03/07/2025 17h33 - Atualizado há cerca de 14 horas

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a vereadora Amanda Paschoal (PSOL-SP) estão no centro de uma controvérsia judicial envolvendo a contratação da empresa MAPI Consultoria em Sistemas de Segurança e Proteção Comunitária Ltda. A Justiça Federal estabeleceu um prazo de 20 dias para que ambas apresentem suas defesas em uma ação popular movida pelo vereador de Curitiba, Guilherme Kilter (Novo).


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Kilter alega que as parlamentares utilizaram recursos públicos, provenientes de cota parlamentar e verba de gabinete, para contratar a MAPI, uma empresa que, segundo ele, opera sem a autorização obrigatória da Polícia Federal, conforme estipulado pelo Estatuto da Segurança Privada. O valor total das contratações é estimado em aproximadamente R$ 192,6 mil. O vereador também questiona a legitimidade da empresa, apontando a ausência de site oficial ou presença em redes sociais como indícios de que se trata de uma empresa de fachada.



A juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, negou o pedido de liminar que buscava cancelar o contrato de segurança. Em sua decisão, a magistrada afirmou que, neste momento inicial, não há provas suficientes de que houve repasse de recursos públicos nos contratos firmados. Ela destacou que as notas fiscais apresentadas indicam as pessoas físicas como tomadoras de serviço, sem comprovação de ressarcimento com dinheiro público.



A Justiça determinou a citação da União, do Estado de São Paulo e das rés — Erika Hilton, Amanda Paschoal e a MAPI Consultoria — para apresentação de contestação em até 20 dias. O Ministério Público Federal (MPF) também foi intimado a acompanhar o caso.



Em resposta às acusações, Erika Hilton afirmou que se trata de uma “ação focada em fake news da internet na intenção de fragilizar minha segurança”. Amanda Paschoal ainda não se manifestou sobre o caso.


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