Preso em MG líder de quadrilha que tentava furtar petróleo no RJ

Operação Infractio prendeu Márcio Pereira Gabry em Além Paraíba; irmão dele e outro suspeito estão foragidos

Por Plox

03/07/2025 14h48 - Atualizado há 1 dia

Suspeito de liderar uma quadrilha especializada no furto de petróleo bruto no estado do Rio de Janeiro, Márcio Pereira Gabry foi preso nesta quarta-feira (2/7), em Além Paraíba, na Zona da Mata mineira. A detenção foi realizada durante a Operação Infractio, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio.


Imagem Foto: Reprodução


Além de Márcio, a operação tinha como alvos Mauro Pereira Gabry, irmão do detido, e Franz Dias Costa. Ambos não foram localizados e são considerados foragidos. As investigações apontam que o grupo atua de forma organizada desde 2017, quando dois motoristas foram presos em flagrante transportando petróleo furtado, dando início às apurações do caso.



O esquema, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), envolvia a perfuração clandestina de oleodutos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Em agosto do ano passado, técnicos da empresa identificaram atividades suspeitas na região de Rio das Flores (RJ) e descobriram um túnel de cerca de sete metros de comprimento. O espaço teria sido cavado com o objetivo de alcançar a tubulação e desviar o produto de forma ilegal.



A rápida resposta entre os setores de segurança da Transpetro e a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) foi essencial para impedir o furto e evitar um possível desastre ambiental. O túnel se encontrava próximo ao Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água de milhões de pessoas em três estados brasileiros.


O inquérito revelou que a quadrilha utilizava recursos sofisticados, como veículos alugados por terceiros, contas bancárias em nome de laranjas e comunicação criptografada, dificultando a identificação dos envolvidos. A atuação articulada entre o MP e a Polícia Civil foi crucial para montar um sólido conjunto de provas que demonstram o papel de liderança de Márcio e Mauro, que atuavam diretamente no planejamento e financiamento das ações criminosas.


Além dos nomes principais, outros integrantes da organização também foram identificados. Eles eram responsáveis pelo suporte logístico das atividades, como o pagamento de despesas operacionais e a ocultação dos mandantes do esquema.


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