Polícia prende mãe e companheira por assassinato de criança de 7 anos
"Eu vou te cuidar. Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto, e tu vai sair todo quebrado. Se tu se mijar, eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara", disse a namorada da mulher em um vídeo
Por Plox
03/08/2021 12h28 - Atualizado há mais de 3 anos
A mãe do garoto Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi presa pela morte do próprio filho. O menino foi medicado pela mulher e teve o corpo jogado no Rio Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul na última quinta-feira (29). A namorada da mulher também foi presa por envolvimento no crime.
Segundo a Polícia Civil, que está investigando o caso, a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime. Na madrugada da última quarta-feira (28), a mãe do garoto deu remédios a ele e o colocou dentro de uma mala.
"Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto", disse o delegado do caso, Antonio Carlos Ractz Júnior.
Na noite do dia seguinte ela foi até a delegacia e registrou o desaparecimento do filho. "Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA de Tramandaí, a fim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou à desconfiança da BM e PC", diz o delegado.
O delegado procurou Yasmin Vaz, e ela confessou o crime. O responsável pela investigação disse que ela tem um perfil de psicopata e que durante toda sua carreira não havia se deparado com alguém tão frio.
A namorada da mãe do garoto foi presa na tarde do domingo (1). Os policiais tiveram acesso aos telefones celulares de ambas as mulheres e encontraram trocas de mensagens e vídeos nos quais ela ameaçava o menino. Bruna Nathieli Porto da Rosa nega.
Segundo as investigações, a criança sofria intensa tortura física e psicológica. Em algumas situações, ela era amarrada dentro de um guarda-roupa. "Era desnutrida, embora estivesse matriculada na escola, não tinha amigos, não frequentava lugar algum, era trancada em um cômodo da casa, posta de castigo, trancada amarrada dentro de um roupeiro", descreve o delegado Ractz.
"Eu vou te cuidar. Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto, e tu vai sair todo quebrado. Se tu se mijar, eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara", diz no vídeo disponibilizado pela polícia.
O Corpo de Bombeiros continua com as buscas pelo corpo do menino desde a noite de quinta (29).