Suspeita de fraude: Bolsonaro mostra documento que seria laudo da Polícia Federal recomendando voto impresso
Bolsonaro diz que não defende votação em cédula, mas um relatório impresso pela urna
Por Plox
03/08/2021 13h03 - Atualizado há mais de 3 anos
Em conversa com apoiadores na manhã desta terça-feira (3), o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), reafirmou que vai continuar defendendo que as urnas eletrônicas sejam auditáveis no Brasil e que permitam a verificação de que não houve fraude nos pleitos. Durante a conversa, o presidente tinha em suas mãos alguns documentos, que ele diz serem laudos da Polícia Federal, que colocam em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e recomendam que seja implementada alguma forma de conferência e auditoria no processo eleitoral do Brasil.
Segundo Bolsonaro, um dos relatórios foi emitido pela PF em 2016 e diz que da forma como é feita a votação não é possível conferir e auditar o voto do eleitor no extrato que atualmente é emitido pela urna eletrônica após a votação. Bolsonaro diz que o outro documento, que seria um relatório datado de 2018, tem a recomendação expressa da Polícia Federal a favor da implementação do voto impresso para fins de auditoria. “Vocês acreditam no relatório da PF ou na palavra do ministro Barroso?“, complementou Bolsonaro em sua fala na saída do Palácio do Alvorada. As declarações foram transmitidas ao vivo pelo perfil do presidente no Facebook.
Veja o vídeo:
“Senhor Barroso, a tua palavra não vale absolutamente nada. Não serão admitidas eleições duvidosas no ano que vem. O Brasil vai ter eleições no ano que vem, mas eleições limpas, democráticas. Quem ganhar, vai assumir em 2023“, disse Bolsonaro.
“Se o Barroso acha que ele pode achar por cima do artigo 5º da Constituição, onde estão nossos direitos individuais, ele tá enganado. [...] Eu li a Constituição, interpretei e respeito. Eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição e o Barroso, tenho certeza, joga fora", afirmou o presidente.
Último recado
Bolsonaro continuou fazendo duras críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Barroso. O presidente disse que não aceitará “intimidações“, e que sua briga não é contra a Justiça mas é contra o ministro Barroso.
Bolsonaro também disse que “se o povo assim desejar, poderá acontecer o manifesto na avenida paulista que será como um último recado“. Ainda durante a conversa na saída do Palácio do Alvorada, o presidente disse que fará o que for a vontade do povo. “Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de crítica, de ouvir, e atender, acima de tudo, a vontade popular, disse.
Bolsonaro diz que não defende votação em cédula, mas um relatório impresso pela urna
Ainda durante a conversa na saída do Palácio do Alvorada, Bolsonaro explicou que seu desejo não é o retorno da votação em cédula de papel. Segundo o modelo proposto de votação, a ideia é que as eleições permitam a conferência, Bolsonaro diz que a própria urna onde ocorreu a votação eletrônica deverá imprimir um relatório, que será guardado para uma futura verificação.” Não é um retrocesso. Não é o voto em papel. Ninguém vai botar a mão no papel. O papel vai ser impresso e o cai dentro de uma urna que vai ser lacrada”, explicou.
Bolsonaro disse que deseja eleições limpas e democráticas. E que não seriam admitidas “eleições duvidosas”.