Vítima acolheu jovem que alegava ser travesti e é agora suspeito de matá-la

O jovem é agora considerado foragido, tendo sua prisão decretada pela Justiça na noite posterior à descoberta do corpo de Nilza

Por Plox

03/08/2023 08h47 - Atualizado há quase 2 anos

Nilza Costa Pingoud, uma idosa de 62 anos residente em Barretos (SP), teve sua vida tragicamente interrompida. Ela foi encontrada enterrada no jardim de sua própria casa no bairro Los Angeles, em circunstâncias que ainda estão sob investigação. O delegado Rafael Faria Domingos, responsável pelo caso, revelou que o principal suspeito é um jovem de 18 anos que morava nos fundos da casa de Nilza. Curiosamente, quando ele chegou à residência de Nilza, apresentava-se como travesti, motivo pelo qual ela decidiu acolhê-lo. Contudo, Domingos salientou: "Atualmente ele não se apresenta como travesti".

Foto: Arquivo pessoal

O jovem é agora considerado foragido, tendo sua prisão decretada pela Justiça na noite posterior à descoberta do corpo de Nilza. O delegado Domingos mencionou ainda que existem sinais de que o crime possa ter sido premeditado, baseando-se em movimentações recentes observadas nas contas bancárias da vítima. "Possivelmente foi algo planejado, visando acesso às contas bancárias dessa mulher, acesso aos cartões bancários", afirmou.

 

Foto: Arquivo pessoal

Rastros do crime e investigação

A causa exata da morte de Nilza permanece indeterminada. Enquanto se espera o resultado da perícia, uma das hipóteses investigadas é que Nilza tenha sido asfixiada em seu sono. "Há a suspeita que ela tenha sido morta asfixiada. Algo que se apurou em um primeiro momento é que ela poderia ter sido morta enquanto estava dormindo e, em seguida, esse sujeito levou celular e carteira com os cartões bancários", declarou o delegado.

 

Policial suspeitou de terra remexida no quintal de casa de Nilza Costa Pingoud, em Barretos, SP, e encontrou corpo da vítima — Foto: Reprodução

O desaparecimento de Nilza chamou a atenção dos vizinhos, que estranharam não ter notícias da mulher por uma semana. Um investigador, após perceber a terra do jardim remexida, adentrou a residência usando uma chave dada por Nilza a uma vizinha e descobriu o corpo enterrado. O celular da vítima estava desaparecido, e o crime foi inicialmente registrado como latrocínio.

Entretanto, uma testemunha, Pedro Florentino, relatou ter visto um homem com atitude suspeita nas imediações da casa. O indivíduo, que estava em frente à residência de Nilza, alegou ser seu sobrinho e disse ser oriundo de Planura, Minas Gerais. Florentino disse: “Ontem eu falei para a família e eles disseram que não têm família em Planura e aí isso levantou suspeita”, gerando mais dúvidas sobre a identidade e motivação do suposto parente. A investigação segue em andamento.

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