Prefeito de Miraí é denunciado por uso indevido de recursos públicos em propriedade rural

MP alega danos ao erário de R$ 49 mil; prefeito defende ação como combate à dengue

Por Plox

03/08/2024 10h43 - Atualizado há 11 meses

O prefeito de Miraí, Adaelson Magalhães (Republicanos), e o secretário municipal de Obras e Serviços, José Luiz Tacone, estão sendo acusados pelo Ministério Público (MP) de utilizarem bens e recursos públicos para benefício próprio. A denúncia foi apresentada nesta sexta-feira (2/8), apontando que Magalhães ordenou a canalização de um córrego em sua propriedade rural com o auxílio do secretário, usando recursos e servidores públicos municipais.

crédito: Reprodução / Instagram

Obras sem respaldo normativo

Segundo a denúncia, as obras ocorreram nos meses de julho e agosto de 2023. Magalhães justificou a canalização como uma medida de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. No entanto, investigações do MP revelaram que o verdadeiro objetivo era valorizar o imóvel e prepará-lo para a Exposição Agropecuária de Miraí 2023. A ação resultou em um prejuízo de R$ 49.322,46 aos cofres públicos.

Enriquecimento ilícito

De acordo com o Ministério Público, "ficou evidenciado que o pretenso motivo não passava de um simulacro para beneficiar e enriquecer ilicitamente o prefeito, com o consentimento do secretário de Obras. A ação tinha como único objetivo a valorização patrimonial do sítio Santa Inez, evitando gastos pessoais, já que benfeitorias foram realizadas com recursos e mão de obra da Prefeitura."

Responsabilização criminal

O MP busca a condenação de Adaelson Magalhães e José Luiz Tacone pelo crime de responsabilidade, argumentando que ambos se utilizaram indevidamente de bens, rendas ou serviços públicos em proveito próprio. O jornal Estado de Minas tentou contato com a prefeitura de Miraí para obter comentários sobre a denúncia, mas não recebeu resposta.

Contexto local e repercussões

A denúncia contra o prefeito de Miraí ocorre em meio a outras ações de destaque na região, como a suspensão do afastamento de agentes da PRF indiciados pela chacina em Varginha e a prisão de um homem acusado de estuprar a esposa em Minas Gerais. Esses casos têm gerado grande atenção pública e destacam a importância da fiscalização e responsabilidade no uso de recursos públicos.

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