Manifestação 'Reaja Brasil' será realizada em São Paulo e outras capitais neste domingo

Neste domingo (3), a Avenida Paulista, em São Paulo, volta a ser palco de um protesto convocado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Intitulado 'Reaja Brasil', o movimento também será realizado em outras 16 capitais brasileiras, com pautas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foto: Reprodução/ Ilustrativa

Apesar da mobilização, nomes de peso do campo bolsonarista não marcarão presença na capital paulista. Jair Bolsonaro, impedido por medidas cautelares do STF — que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e restrição de sair de casa nos fins de semana —, não poderá comparecer.

Michelle Bolsonaro, que participará de um evento do PL Mulher em Marabá, no Pará, também estará ausente na Paulista. No entanto, a ex-primeira-dama deve integrar a manifestação que ocorrerá em Belém.

Outro desfalque relevante é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com sua assessoria, ele se submeterá a um procedimento médico chamado radioablação da tireoide no Hospital Albert Einstein, e, por recomendação médica, ficará de fora do ato.

Entre os presentes confirmados, o nome de maior destaque é o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que planeja participar da manifestação em Belo Horizonte pela manhã e, em seguida, viajar para São Paulo.

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, deve estar no Rio de Janeiro, onde o evento está previsto para ocorrer às 11h. Sua presença na Paulista, que terá início às 14h, é considerada improvável.

A manifestação está sendo organizada pelo pastor Silas Malafaia, que reforça a importância do ato como resistência ao que chama de perseguição política e autoritarismo do Judiciário. Ele tem minimizado o impacto de uma possível baixa adesão, ressaltando o simbolismo da mobilização.

O movimento “Reaja Brasil” apresenta reivindicações como a anistia dos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023, o impeachment do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes, e repudia as medidas judiciais recentes contra Bolsonaro.

Para os organizadores, o objetivo é enviar uma mensagem política forte, mesmo sem a presença de algumas das principais figuras do bolsonarismo. A Avenida Paulista, portanto, se torna novamente um cenário central na disputa de narrativas no país.