Manifestações pelo impeachment de Lula e Moraes mobilizam o país
Atos liderados por políticos da oposição ocorrem em diversas cidades e cobram anistia a condenados do 8 de janeiro
Por Plox
03/08/2025 10h37 - Atualizado há 1 dia
Neste domingo, cidades de todo o Brasil foram palco de protestos convocados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares alinhados à oposição. A mobilização teve como objetivos principais exigir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de pedir a anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro.

A Avenida Paulista, em São Paulo, concentrou os principais nomes envolvidos na convocação. O pastor Silas Malafaia e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) participaram diretamente do ato na capital paulista, considerado o mais expressivo do dia. Enquanto isso, o ex-presidente Bolsonaro, impedido de sair de casa aos fins de semana por medidas cautelares impostas por Moraes, não compareceu presencialmente.
Os protestos não ficaram restritos aos grandes centros. Caminhadas, carreatas, motociatas e reuniões em praças públicas aconteceram em todas as regiões do país, conforme planejado pelos organizadores. Segundo Silas Malafaia, a ação visa denunciar o que classifica como “abusos” do STF e reforçar a narrativa de perseguição política contra opositores do atual governo.
O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, destacou que a pauta da anistia aos condenados será prioritária na volta dos trabalhos legislativos na próxima segunda-feira (5). Diversos parlamentares também marcaram presença em manifestações espalhadas pelo país. Michelle Bolsonaro participou do ato em Belém, Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro, Gustavo Gayer em Goiânia, Luciano Zucco em Porto Alegre, Magno Malta em Vitória e Rogério Marinho em Natal.
No interior paulista, Araçatuba teve sua mobilização organizada pelo vereador João Pedro Pugina (PL), com início às 10h na Avenida Pompeu. Outros municípios menores também aderiram aos protestos.
O cenário político foi agravado recentemente por um episódio internacional: os Estados Unidos impuseram sanções a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, usada para punir violações de direitos humanos e corrupção. A decisão americana, inédita contra um membro da Suprema Corte brasileira, serviu como combustível adicional para os atos deste domingo.
“Esses protestos são uma resposta clara à tentativa de silenciar opositores. Não aceitaremos essa aliança entre o STF e o governo”, declarou um porta-voz do Partido Novo
. A legenda, que é aliada do PL, confirmou apoio às manifestações e também defende o afastamento tanto de Moraes quanto de Lula.