NASA alerta para colapso do oxigênio na Terra e extinção da vida
Pesquisadores preveem desaparecimento gradual do oxigênio devido à evolução do Sol, tornando o planeta inabitável em um bilhão de anos
Por Plox
03/08/2025 13h18 - Atualizado há 1 dia
A atmosfera terrestre, que há cerca de 2,4 bilhões de anos passou a conter oxigênio suficiente para permitir o surgimento da vida complexa, pode estar com os dias contados — ao menos no que diz respeito à sua capacidade de sustentar formas de vida como conhecemos hoje.

Pesquisadores da Universidade Toho, no Japão, em colaboração com a NASA, simularam a evolução de longo prazo da atmosfera do planeta. O resultado do estudo aponta que, com o aumento natural da temperatura do Sol ao longo dos próximos milênios, o oxigênio tenderá a desaparecer de forma gradual, alterando completamente a composição atmosférica da Terra.
Esse processo, segundo os cientistas, deve começar em cerca de 10 mil anos. A redução dos níveis de dióxido de carbono (CO2) provocada pelo aquecimento solar comprometerá diretamente a fotossíntese das plantas, o que significa a interrupção da produção de oxigênio. Sem esse gás vital, a camada de ozônio também deixaria de existir, deixando o planeta vulnerável à radiação solar extrema.
Como consequência, a atmosfera terrestre passaria a conter altas concentrações de metano, tornando-se tóxica para a maioria dos organismos vivos. A vida complexa, como a conhecemos, estaria condenada à extinção. Apenas alguns microrganismos anaeróbicos — que não dependem de oxigênio para sobreviver — teriam chance de continuar existindo nesse novo ambiente hostil.
“O planeta provavelmente será habitado apenas por formas de vida anaeróbicas após a Grande Desoxigenação”, explicou Kazumi Ozaki, professor assistente da Universidade Toho. Ele descreve o futuro cenário como um processo de “asfixia”, que não será causado por um evento catastrófico repentino, mas sim por mudanças naturais e lentas na composição atmosférica.
A previsão é de que o oxigênio atinja níveis um milhão de vezes menores do que os atuais ao longo de aproximadamente um bilhão de anos, tornando irreversível o fim da habitabilidade do planeta. Ainda que a humanidade provavelmente não esteja presente para testemunhar esse colapso, os cientistas destacam que o estudo serve como alerta: mesmo planetas habitáveis possuem prazo de validade.
A pesquisa reforça a importância de refletirmos sobre a forma como tratamos o meio ambiente, uma vez que, mesmo diante de um futuro distante, a compreensão da fragilidade do equilíbrio ecológico pode influenciar as ações humanas no presente.