Preso mata policial penal e foge disfarçado com farda da vítima em hospital de BH

Detento com histórico de crimes desde 2018 assassinou agente durante escolta e deixou o hospital disfarçado; ele foi recapturado pouco depois pela PM

Por Plox

03/08/2025 13h21 - Atualizado há 1 dia

Durante a madrugada deste domingo (3), um grave episódio de violência foi registrado no Hospital Luxemburgo, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um detento que estava sob custódia matou o policial penal que fazia sua escolta e fugiu disfarçado com a farda da vítima.


Imagem Foto: Reprodução


Shaylon Cristian Ferreira, de 24 anos, cumpria internação médica desde o dia 27 de julho e já possuía extensa ficha criminal com registros por tráfico de drogas, furto, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), ele está no sistema prisional desde 2018.


Durante a escolta, por volta das 2h40, o detento pediu para ir ao banheiro. Foi nesse momento que, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais, Jean Otoni, iniciou uma luta corporal com o agente Euler Oliveira, de 42 anos, conseguindo tomar as duas armas dele. Em seguida, o preso disparou duas vezes contra o policial, atingindo-o na nuca e no tórax.



O comportamento do criminoso logo após o crime chamou atenção. Ele vestiu a farda da vítima e, ao ser surpreendido por enfermeiros, alegou que a situação estava sob controle. Sem perceber o que havia ocorrido, a equipe médica e a segurança do hospital não entraram no quarto imediatamente. Usando o disfarce, Shaylon conseguiu sair pela entrada principal e chamou um carro de aplicativo para fugir do local.


Entretanto, funcionários desconfiaram da atitude do homem fardado e acionaram a polícia. Ao retornarem ao quarto, encontraram o policial penal caído no chão, sem roupas. O caso gerou revolta no sindicato da categoria, especialmente pela ausência de um segundo agente durante a escolta, o que contraria normas de segurança.



Jean Otoni destacou que o protocolo prevê ao menos dois policiais penais para esse tipo de escolta, sendo ideal a presença de três agentes, devido à vulnerabilidade em momentos como refeições ou idas ao banheiro. Segundo ele, o outro agente que deveria estar presente não foi localizado.


A fuga, no entanto, foi curta. Policiais militares do Tático Móvel do 22º Batalhão localizaram e prenderam Shaylon pouco depois, ainda tentando escapar com o carro de aplicativo. Conforme o sindicato, ele ainda estava armado e poderia ter provocado mais vítimas.



A Polícia Civil esteve no hospital para realizar a coleta de vestígios e encaminhou o suspeito para a 2ª Central Estadual do Plantão Digital, onde as medidas legais serão adotadas. A Corregedoria da Polícia Penal abriu uma investigação interna para apurar o caso.


Em nota, a Sejusp lamentou a morte do servidor e declarou solidariedade aos familiares, amigos e colegas de trabalho do policial penal. A pasta também afirmou que abriu um procedimento administrativo para investigar as circunstâncias do ocorrido.


Destaques