Guardiões do Crivella: entenda com detalhes a “Operação Freedom”

Por Plox

03/09/2020 10h58 - Atualizado há quase 5 anos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou nesta terça-feira (01) a “Operação Freedom”, que tem como alvo os servidores públicos da cidade, que estão sendo chamados de  “Guardiões do Crivella”, o atual prefeito da capital carioca.

De acordo com as investigações, os “Guardiões” fazem parte de um esquema criminoso que consiste em atrapalhar o trabalho da imprensa, impedindo que os pacientes façam denúncias durante entrevistas nos locais. 

A denúncia foi realizada em uma reportagem da TV Globo, nesta segunda-feira (31).

crivella Foto: Agência Brasil

 

Entenda o esquema
 
De acordo com a Polícia Civil, o esquema é composto por funcionários públicos da prefeitura do Rio de Janeiro, que são escalados todos os dias para fazer plantão na porta dos hospitais municipais. O intuito seria atrapalhar qualquer tipo de reportagem no local e também impedir que a população efetue denúncias com fotos e vídeos. 
 
Outro objetivo seria impedir que os pacientes aceitem ser entrevistados para falar dos problemas na área da Saúde e do péssimo atendimento.
 
Os funcionários públicos fazem uma espécie de “segurança” nas portas dos hospitais, fazendo ameaças com muita hostilidade contra a população e aos jornalistas que se aproximam para realizar as reportagens.
 
De acordo com as denúncias, os “Guardiões do Crivella” trabalham de forma organizada e até mesmo, utilizam escalas de trabalho com horários rígidos de entrada e saída e ameaças constantes de demissão para aqueles que se recusam participar do esquema. 
 
Entenda a Operação
 
A “Operação Freedom” consiste na investigação de crimes contra a segurança de serviço de utilidade pública, advocacia administrativa e associação criminosa, realizada pela DRACO-IE (Delegacia de Repressão a Crimes Organizados e Inquéritos Especiais). 
 
Ela requer o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão. A somatória de penas por esses crimes chega a 9 anos de prisão para cada integrante, de acordo com a sua participação em cada ação criminosa realizada por eles.
 
Um dos principais alvos da operação é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, conhecido como “ML”, ele aparece nos grupos de WhatsApp dando ordens aos assessores, sendo reconhecido como o líder do esquema. 
 
Os agentes apreenderam notebooks, celular, cheques, dinheiro e um pacote com o nome “Crivella”. 
 
Impeachment
 
Nesta quinta-feira (03/09) ocorrerá uma votação na Câmara dos vereadores do Rio, que decidirá sobre a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. 
 
Para admissibilidade da denúncia na sessão de quinta-feira, é necessária a votação de maioria simples dos presentes, que será o total de 26 parlamentares.
 

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