Café lidera alta de preços em restaurantes em 2025

Com aumento acumulado de 15,36% no ano, cafezinho se torna o item com maior inflação entre os alimentos fora do lar

Por Plox

03/09/2025 07h21 - Atualizado há 1 dia

Em 2025, o simples hábito de tomar um café fora de casa passou a pesar mais no bolso dos brasileiros. Segundo dados levantados pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a Future Tank, o cafezinho foi o item que mais encareceu entre os produtos consumidos em bares e restaurantes, com uma alta acumulada de 15,36% no ano.


Imagem Foto: Pixabay


O mês de julho foi particularmente impactante para quem aprecia a bebida fora do lar. Nesse período, o preço do café teve reajuste de 2,76%, contribuindo significativamente para o aumento médio de 0,87% nos valores praticados em estabelecimentos do setor. Essa variação foi a maior registrada no ano até agora e marcou o 44º mês consecutivo de aumento, superando inclusive a inflação geral de julho, que ficou em 0,26%.



O levantamento aponta que, entre as 16 unidades da federação analisadas, apenas o Pará apresentou uma leve queda nos preços (-0,37%). Por outro lado, estados como Goiás, com alta de 1,58%, Rio de Janeiro (1,14%) e Rio Grande do Sul (0,99%) lideraram os reajustes no setor de alimentação fora do lar.



Além do café, outros produtos também contribuíram para a elevação dos preços em restaurantes e bares no mês de julho. Lanches tiveram aumento de 1,90%, enquanto bebidas alcoólicas diversas subiram 0,88%. Em contrapartida, itens como doces (-0,99%) e vinho (-0,93%) apresentaram redução nos preços. Ainda assim, no acumulado do ano, todos os produtos avaliados tiveram aumento, com variações que vão de 6,08% em Goiás a 3,02% no Acre.



A análise da ANR revela que, mesmo diante de variações regionais, a tendência é de que os preços continuem em trajetória de alta. Isso coloca o custo das refeições feitas fora de casa acima da inflação média nacional, indicando um cenário persistente de encarecimento para o consumidor.


\"Mesmo com as diferenças entre os estados, observamos um movimento contínuo de aumento, o que pressiona o orçamento de quem costuma comer fora\"

, destacou a análise da Associação Nacional de Restaurantes.
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