MP denuncia homem por tentativa de feminicídio e tortura contra ex-esposa em Tarumirim
Amantino Braga, de 47 anos, atacou a vítima com foice e facão diante dos filhos; mulher segue internada em estado grave
Por Plox
03/09/2025 16h59 - Atualizado há 3 dias
O Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justiça de Tarumirim, ofereceu denúncia contra Amantino Braga Rodrigues, de 47 anos, pelos crimes de tentativa de feminicídio e tortura qualificada contra sua ex-esposa, Vanusia Caetano da Silva, de 56 anos. O ataque ocorreu no dia 24 de agosto de 2025, por volta das 18h30, na Rua Nossa Senhora Aparecida, em Tarumirim.
Segundo a denúncia, o crime foi motivado por ciúmes e inconformismo com o fim do relacionamento. Armado com uma foice e um facão, Amantino surpreendeu Vanusia pelas costas e a atacou brutalmente, desferindo diversos golpes. A agressão aconteceu na frente dos filhos do casal e em descumprimento de medidas protetivas expedidas pela Justiça. A vítima só não morreu graças à intervenção de vizinhos, que conseguiram impedir a continuidade do ataque.

Durante o ataque, o cabo da foice chegou a se quebrar devido à força dos golpes, mas o agressor continuou com o facão. Vanusia sofreu lesões gravíssimas, incluindo fraturas com exposição óssea nos braços e no pé, além de ferimentos na cabeça. Ela foi socorrida e permanece internada em estado grave na UTI de Governador Valadares.
Além da tentativa de feminicídio, o Ministério Público também denunciou o agressor por tortura, já que ele agrediu a vítima com o objetivo de forçá-la a confessar um suposto novo relacionamento. O crime foi qualificado pelo uso de extrema violência e pelo resultado de lesões corporais gravíssimas.
Amantino se entregou à Polícia Militar no dia 26 de agosto e teve a prisão preventiva decretada. Atualmente, ele está detido no Presídio de Tarumirim, onde aguarda julgamento. A denúncia foi oferecida pelo promotor Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro, que também requereu que o réu seja levado a júri popular. Se condenado, o acusado poderá cumprir até 50 anos de prisão em regime fechado, além de perder o poder familiar sobre os filhos.
O caso gerou revolta na população local e reforça os alertas sobre a gravidade da violência doméstica. O Ministério Público destacou que atuará com rigor para garantir a responsabilização de crimes dessa natureza, reafirmando o compromisso com a proteção das mulheres na comarca.