Esporotricose: infectologista fala sobre doença que afeta gatos, cães e humanos
PodPlox é o programa de entrevistas oficial da Plox Brasil, no modelo podcast, transmitido ao vivo e que também pode ser acessado a qualquer momento por livre demanda
Por Plox
03/10/2023 18h52 - Atualizado há mais de 1 ano
O fungo esporotricose, responsável por causar uma micose que afeta principalmente gatos, mas também cães e humanos, se tornou um problema de saúde pública no Brasil. Em 2018, casos de esporotricose foram identificados em mais oito estados. Entre 1998 e 2016, foram registrados mais de 4.500 casos humanos disseminados por gatos. Os dados são do Centers for Disease Control and Prevention. O infectologista Márcio Castro, que participou do Congresso Brasileiro de Infectologia, em setembro, e traz esse alerta sobre a preocupação com a epidemia recente. O médico é convidado desta terça-feira (03) do PodPlox. Acompanhe!
Como identificar
Gatos com esporotricose geralmente apresentam lesões faciais, geralmente ao redor do nariz. Essas lesões se desenvolvem a partir de feridas que ocorrem durante brigas com um gato infectado. Gatos que lambem as feridas infectadas em outras partes do corpo também podem transferir os fungos para o rosto e a boca.
Já em humanos, caso haja contaminação, a pele pode apresentar lesões nodulares, como caroços; nódulos com o centro ulceroso, isolados ou com configuração linear, próximos às vias linfáticas adjacentes (“aspecto de rosário”). É importante verificar no histórico se houve contato com gato possivelmente infectado.
“Em gatos com suspeita de esporotricose, o exame citofungoscópico, de material corado com corantes hematológicos rápidos, em ambientes ambulatoriais ou laboratoriais médicos veterinários, deve ser preconizado, já que permite a consecução imediata de diagnóstico presuntivo”, declara Fabiana Monti, Doutora em infectologia dermatológica da PUCPR e Coordenadora do Curso de Especialização em Dermatologia e Alergologia Veterinária da Anclivepa-SP.