Dono de agência é preso por golpe milionário em vendas de carros em João Monlevade
Veículos eram vendidos abaixo do valor de mercado em João Monlevade; prejuízos ultrapassam R$ 2 milhões
Por Plox
03/10/2025 08h35 - Atualizado há cerca de 8 horas
Um esquema de fraude milionária envolvendo a venda consignada de veículos levou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) a prender o proprietário de uma agência localizada em Belo Horizonte. Segundo a corporação, o empresário seria o chefe de um grupo criminoso responsável por enganar clientes com promessas de vendas de carros.

As investigações, conduzidas pela 4ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação ao Furto e Roubo de Veículos Automotores, revelaram que o grupo atuava de forma estruturada: eles ligavam para os donos dos automóveis e ofereciam o serviço de consignação. A proposta era que os carros ficassem sob responsabilidade da agência até serem vendidos.
Contudo, o que parecia uma proposta legítima se transformava em golpe. Após a venda, nem os donos dos veículos recebiam o dinheiro, nem os compradores levavam os carros. O golpe fazia duas vítimas simultaneamente em cada negociação, segundo explicou o delegado Roberto Veran.
“No entanto, nem o dono do carro recebia o valor do negócio nem o comprador recebia o bem adquirido, fazendo duas vítimas no golpe ao mesmo tempo”, afirmou o delegado.
Ao todo, 20 vítimas já foram identificadas e os prejuízos somam cerca de R$ 2 milhões. Parte significativa dos veículos foi localizada em João Monlevade, onde os automóveis eram revendidos por valores bem abaixo dos praticados no mercado.
Para passar uma falsa imagem de credibilidade, os envolvidos utilizavam empresas legalmente registradas. Quando começaram a surgir denúncias contra a primeira agência, o grupo chegou a abrir uma nova empresa para continuar aplicando os golpes, conforme relatado pelo delegado.
Além da prisão do principal suspeito, realizada na última terça-feira (30/9), outro integrante do esquema ainda está sendo procurado pela polícia. Os agentes seguem com os trabalhos para tentar recuperar mais veículos, identificar se há outros envolvidos ligados à empresa e rastrear o destino do dinheiro arrecadado com os crimes.
A Polícia Civil reforça que as investigações continuam e pede que outras possíveis vítimas entrem em contato com a delegacia responsável para prestar informações.