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Polícia

Empresário tentou converter R$ 59 milhões em criptomoedas após operação da PF

Maurício Camisotti, investigado por fraudes no INSS, tentou transferir milhões para criptoativos semanas após ação da Polícia Federal

03/10/2025 às 19:58 por Redação Plox

Menos de três semanas após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, que investiga descontos irregulares em benefícios do INSS, o empresário Maurício Camisotti tomou uma atitude suspeita: procurou o banco BTG Pactual, no Rio de Janeiro, com um pedido para converter 40% de suas aplicações financeiras, algo em torno de R$ 59 milhões, em criptomoedas.


Imagem Foto: Divulgação

Esse movimento chamou atenção da instituição bancária, já que Camisotti nunca havia feito qualquer tipo de investimento em ativos digitais. Seus recursos aplicados somavam R$ 148 milhões, e a tentativa de movimentação foi imediatamente barrada pelo banco, que congelou a conta e comunicou o caso ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).


Além da transferência milionária, o empresário também solicitou que os depósitos mensais feitos por Nelson Willians, advogado também investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, fossem direcionados a uma conta offshore. A justificativa apresentada por Camisotti era a venda de um imóvel nos Estados Unidos, mas ele nunca apresentou documentos que comprovassem a operação.


No desenrolar da situação, Camisotti ligou para uma funcionária do banco, negou que havia sido solicitado o envio da documentação e ainda pediu que ela apagasse a troca de mensagens sobre o assunto.
“Maurício ligou à colaboradora, negou a entrega do documento e ainda solicitou que a mensagem fosse apagada”, relatou o banco

Mesmo com os alertas levantados, o empresário insistiu em realizar operações com criptoativos. Tentou marcar uma reunião presencial, recusada pelo BTG. Depois, questionou sobre criptomoedas lastreadas em dólar e sugeriu abrir contas em nome de terceiros para driblar as restrições — mais uma vez, os pedidos foram negados.


Diante das insistências, o banco notificou o Coaf novamente, que classificou as tentativas como uma tentativa clara de ocultação da origem e destino dos recursos.


Essa, porém, não foi a primeira tentativa suspeita de movimentação financeira feita por Camisotti. Em agosto de 2024, ele tentou obter um empréstimo de R$ 16 milhões para repassar ao ex-deputado estadual de Santa Catarina, Antônio Luz Neto. A justificativa era o pagamento de um adiantamento comissional de serviços de corretagem de seguros prestados pelas empresas do político ao empresário. Como Luz Neto não possuía conta no banco e as garantias seriam dadas por Camisotti, o BTG recusou a solicitação.


Poucos meses depois, em novembro do mesmo ano, uma nova tentativa: desta vez, um empréstimo de R$ 4,6 milhões em nome de Felipe Pacheco Borges. O argumento era que Borges havia comprado três unidades de uma empresa de Camisotti por apenas R$ 5 mil — uma diferença de valores que levantou mais suspeitas no banco.


O BTG classificou os pedidos como incoerentes, citando a falta de clareza sobre as relações entre os envolvidos e o baixo lastro operacional das empresas mencionadas. Mais uma vez, o crédito foi negado.
“A solicitação de crédito em nome de terceiros, por si só, pode configurar um indício de lavagem de dinheiro”, justificou o banco

No centro das investigações da CPMI, Camisotti é apontado como sócio de uma entidade beneficiada com fraudes em descontos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. As movimentações financeiras e tentativas de ocultação de patrimônio fazem parte do amplo leque de apurações que envolvem crimes contra o sistema previdenciário brasileiro.


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