A aprovação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, subiu dez pontos após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história da capital fluminense.

Situação entre eleitores de Bolsonaro e Lula

O salto na avaliação positiva do governador foi puxado por eleitores de Jair Bolsonaro, dos quais 82% aprovam a atuação de Castro. Por outro lado, 69% dos eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva desaprovam sua gestão. Entre bolsonaristas, a desaprovação caiu de 38% em agosto para 15% após a operação.

Impacto na segurança pública e rejeição à operação

Segundo a pesquisa, a avaliação positiva do trabalho de Castro na segurança pública mais que dobrou desde o início do ano, passando de 16% em fevereiro para 39% em outubro.A reprovação no setor também recuou substancialmente, de 46% para 34%.

Após o confronto que resultou em 121 mortos, o governador definiu a ação como um “duro golpe” na criminalidade e classificou o dia como “histórico”. Referindo-se às vítimas, ele destacou a perda de policiais.

Motivações da operação dividem eleitores

O levantamento também averiguou a percepção sobre o objetivo da operação. Para 54% dos entrevistados, a principal motivação de Castro foi combater o crime organizado. Outros 40% enxergam a ação com fins políticos, como tentativa de ganhar popularidade.

A polarização é evidente: 84% dos bolsonaristas veem o combate ao crime como principal razão, enquanto 72% dos eleitores de Lula acreditam que a decisão teve objetivo político.

O saldo da megaoperação se refletiu no cenário político: a avaliação do governador ficou nacionalmente em evidência e ilustra o impacto direto da agenda de segurança pública nas intenções de apoio e rejeição.