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Drone registra policiais baleados durante megaoperação que deixou 121 mortos na Penha

Operação mais letal da história recente do Rio de Janeiro teve 121 mortos e imagens impactantes divulgadas; confrontos duraram 18 horas na Penha e no Complexo do Alemão.

03/11/2025 às 10:17 por Redação Plox

O registro feito por um drone durante uma megaoperação no Rio de Janeiro capturou o momento exato em que três policiais foram atingidos por tiros na comunidade da Penha. A ação, considerada a mais letal da história recente do estado, resultou em 121 mortos, incluindo quatro agentes de segurança. O material foi divulgado pelo governo fluminense no domingo, dia 2.

Um drone capturou o instante em que um policial é golpeado na cabeça durante uma grande operação no Rio

Um drone capturou o instante em que um policial é golpeado na cabeça durante uma grande operação no Rio

Foto: Foto: Governo do Rio de Janeiro | Polícia Civil | Polícia Militar


Confronto intenso e baixas entre policiais

As imagens gravadas às 9h24 relatam a intensa troca de tiros envolvendo seis policiais e criminosos do Comando Vermelho na mata da Penha. Logo no início, o grupo policial tenta avançar, mas é surpreendido por disparos contínuos. Dois agentes são atingidos imediatamente, um na mão e outro na barriga, e buscam abrigo no chão enquanto um deles solicita reforço.

Imagens de drone capturam o instante em que um policial é ferido na cabeça durante uma grande operação no Rio

Imagens de drone capturam o instante em que um policial é ferido na cabeça durante uma grande operação no Rio

Foto: Foto: Governo do Rio de Janeiro | Polícia Civil | Polícia Militar


Apesar dos ferimentos, os policiais continuam tentando escapar da mira dos criminosos. O vídeo mostra o agente Rodrigo Cabral entrando na mata para socorrer os colegas, mas, segundos depois, é baleado na cabeça e permanece imóvel enquanto é resgatado por um companheiro. Segundo informações da Polícia Militar, ele morreu no local.

Prolongamento da operação e impacto nas comunidades

A operação teve duração de cerca de 18 horas, estendendo-se pela madrugada e noite. A última gravação feita pela polícia foi por volta das 22h, mostrando a movimentação nas regiões da Penha e do Complexo do Alemão.

Moradores transportam dezenas de corpos para a Praça São Lucas, localizada na Penha, zona norte do Rio de Janeiro

Moradores transportam dezenas de corpos para a Praça São Lucas, localizada na Penha, zona norte do Rio de Janeiro

Foto: Agência Brasil


Na quarta-feira seguinte, uma nova cena ganhou repercussão internacional: moradores da região retiraram dezenas de corpos da mata e os posicionaram enfileirados na Praça São Lucas, na Penha. A sequência de violência impressionou quem acompanhava a cobertura dos acontecimentos.

Balanço da operação e perfil das vítimas

Ao todo, 121 pessoas morreram durante a megaoperação. Destas, 115 já foram identificadas; 88 possuíam antecedentes criminais e 66 eram oriundas de outros estados. Entre as vítimas estão os policiais Marcos Vinícius Cardoso de Carvalho, Cleiton Serafim Gonçalves, Heber Carvalho da Fonseca e Rodrigo Velloso Cabral, este último com apenas 40 dias de formação.

Dezenas de corpos de suspeitos foram transportados por moradores até a praça, evidenciando a dimensão do confronto e a repercussão na comunidade local.

Agentes feridos e situação hospitalar

No total, 15 policiais ficaram feridos durante a operação. No domingo, três deles seguiam internados em estado considerado gravíssimo.

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