O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sugeriu, sem apresentar evidências, que integrantes do governo federal estariam se beneficiando das atividades do crime organizado. A declaração foi dada durante entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira (3).

Suspeitas sobre o crime organizado no governo

Zema afirmou acreditar na existência de pessoas na estrutura do Estado que lucram com a ação de facções criminosas. O comentário foi feito enquanto o governador tratava da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 121 mortes, incluindo quatro policiais.

Defesa da classificação de facções como grupos terroristas

Durante a entrevista, o governador voltou a manifestar apoio à classificação de facções criminosas como grupos terroristas. Segundo ele, é necessário agir de maneira eficaz diante da situação, deixando de “romantizar” o problema das organizações criminosas.

Ameaça à soberania e ações do Consórcio da Paz

Zema declarou que o crime organizado representa uma ameaça à soberania nacional, referindo-se ao controle territorial exercido por esses grupos. O governador também detalhou ações do chamado “Consórcio da Paz”, uma parceria entre gestores estaduais alinhados à direita, formalizada após a operação no Rio de Janeiro.

O que nós definimos é que vamos somar esses esforços, o Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), com os estados do Centro-Oeste. Já havia muitas operações cooperadas, Minas Gerais com Goiás, Minas Gerais com São Paulo, e esses esforços serão intensificados a partir de agora – Romeu Zema

Disponibilidade para reforço estadual

Zema afirmou que, caso o governador do Rio de Janeiro precise de reforço e não conte com apoio do governo federal, outros estados se colocam à disposição para colaborar com equipamentos ou efetivo. Para o governador de Minas Gerais, o combate ao crime organizado é um dos maiores desafios do Brasil atualmente.