Correios acumulam maior prejuízo da história entre janeiro e setembro
Estatal enfrenta rombo bilionário e risco de insolvência; medidas de contenção foram anunciadas, mas dificuldades persistem.
Por Plox
03/12/2024 09h17 - Atualizado há cerca de 18 horas
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos registrou um prejuízo histórico de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o maior já contabilizado no período desde sua criação. A crise financeira ocorre sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o déficit anual pode superar os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, no governo Dilma Rousseff (PT).
Gestão sob críticas
À frente dos Correios está Fabiano Silva dos Santos, advogado ligado ao grupo Prerrogativas e indicado ao cargo por sua proximidade com o presidente Lula. Conhecido como o "churrasqueiro de Lula", Fabiano também tem vínculos com o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) e o ex-ministro José Dirceu. Sua administração vem sendo criticada pela deterioração das contas da estatal.
Medidas para conter o rombo
Com o objetivo de reduzir os prejuízos, a empresa adotou em outubro um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões e implementou medidas de austeridade, incluindo:
- Suspensão de novas contratações de terceirizados por 120 dias;
- Renegociação de contratos, com redução mínima de 10% nos valores;
- Encerramento de contratos que não apresentem economia comprovada.
Apesar das ações, a projeção de receitas para 2024 caiu de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, com um prejuízo total estimado em R$ 1,7 bilhão até o final do ano.
Alerta de insolvência
A gravidade da situação levou os Correios a alertarem sobre o risco de insolvência, quando a empresa não é capaz de honrar suas obrigações financeiras. Um documento interno destaca que a recomposição do orçamento e do caixa é imprescindível para evitar um colapso financeiro que demandaria socorro do Tesouro Nacional.