Fábrica de cocaína tem atuação de servidores e donos de farmácias no Vale do Aço

Na primeira etapa da operação, que já havia cumprido 42 mandados de busca e apreensão e três prisões preventivas, foram recolhidos materiais que levaram à identificação de novos integrantes do esquema criminoso.

Por Plox

03/12/2024 08h51 - Atualizado há 7 meses

Na manhã desta terça-feira (3), a Polícia Federal deu início à 2ª fase da Operação Falcões de Aço, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em residências de agentes públicos e três mandados de prisão preventiva contra membros de uma organização criminosa. A operação ocorreu na região do Vale do Aço.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Entre os investigados estão proprietários de farmácias que forneciam insumos usados para adulterar drogas, como cafeína, aproveitando o fácil acesso a esses materiais em suas atividades comerciais. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.

Foto: Divulgação/PF

Novos alvos identificados após a 1ª fase

Na primeira etapa da operação, que já havia cumprido 42 mandados de busca e apreensão e três prisões preventivas, foram recolhidos materiais que levaram à identificação de novos integrantes do esquema criminoso.

As investigações apontaram que traficantes da região de Coronel Fabriciano utilizavam os insumos farmacêuticos desviados para adulterar cloridrato de cocaína, aumentando o volume da droga com a adição de outras substâncias.

Rede criminosa e atuação em cidades fronteiriças

A operação revelou uma rede complexa que envolvia "laranjas", traficantes locais e um esquema de movimentações financeiras destinadas a expandir o tráfico de drogas. Em muitos casos, os entorpecentes adulterados eram enviados para cidades na fronteira brasileira, conhecidas por sua relação com o tráfico internacional de drogas.

A ação visa combater crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, atuando diretamente contra a estrutura financeira e operacional da organização criminosa.

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