Motorista embriagado que atropelou e matou dois idosos em Ipatinga é condenado a 18 anos de prisão
Decisão marca fim de 13 anos de espera das famílias das vítimas e inclui prisão imediata do réu
Por Plox
03/12/2024 06h20 - Atualizado há 3 meses
Na noite desta segunda-feira (2), foi concluído o julgamento de Victor Lúcio Braga, acusado de dois homicídios consumados e três tentativas de homicídio com dolo eventual ao conduzir um veículo automotor. O Tribunal do Júri de Ipatinga decretou a pena de 18 anos de reclusão em regime fechado.
O caso, que teve início em fevereiro de 2011, envolveu um trágico acidente no bairro Limoeiro, onde duas vítimas fatais, Luzia Júlia Rodrigues e José Raimundo Rodrigues, ambos idosos, perderam a vida. Outras três pessoas também foram atingidas, incluindo Sidney Carlos da Costa, Abelard Roque da Silva e Gilca Maria dos Santos Gomes, que sofreram lesões. Segundo as investigações, Victor Lúcio dirigia em alta velocidade, sob influência de álcool e assumindo o risco de causar danos graves.
Decisão do Tribunal
Após ouvir testemunhas e considerar os fatos apresentados, o júri acolheu a tese do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de dolo eventual, o que significa que o réu assumiu conscientemente o risco de provocar as mortes ao conduzir de forma imprudente.
O Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pela acusação, destacou que esta é uma vitória importante na luta contra crimes violentos no trânsito. “A decisão do Tribunal reflete a aplicação da Justiça em um caso emblemático, que marcou profundamente as famílias das vítimas. Foram 13 anos de espera, mas, finalmente, o desfecho trouxe algum alívio para os parentes do casal de idosos”, afirmou.
Prisão Decretada
Victor Lúcio respondeu ao processo em liberdade até então, mas com a condenação, teve a prisão decretada ainda em plenário, a pedido do MPMG. Ele foi encaminhado imediatamente ao sistema prisional para iniciar o cumprimento da pena.
O julgamento também reforça a importância de responsabilizar condutores que colocam vidas em risco por condutas imprudentes. Este caso é visto como um marco no combate à violência no trânsito em Minas Gerais.