PF realiza operação “Falcões de Aço” e investiga gabinete de vereador em Timóteo

Durante a operação, houve tumulto, e uma pessoa foi flagrada descartando um telefone celular pela janela.

Por Plox

03/12/2024 09h03 - Atualizado há 22 dias

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (3), a segunda fase da operação “Falcões de Aço”, que tem como objetivo combater o tráfico de drogas, a associação criminosa e a lavagem de dinheiro na região do Vale do Aço. Um dos alvos foi o gabinete de um vereador reeleito em Timóteo, devido a suspeitas de envolvimento indireto com atividades criminosas.

Foto: Divulgação/PF

Ação no Legislativo de Timóteo

A movimentação chamou atenção quando viaturas da PF chegaram ao prédio do Legislativo em Timóteo. Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara Criminal de Coronel Fabriciano, direcionado ao gabinete do parlamentar. Em paralelo, buscas foram realizadas no bairro Bela Vista. Durante a operação, houve tumulto, e uma pessoa foi flagrada descartando um telefone celular pela janela.

O interesse no gabinete do vereador decorre de investigações que apontam que, durante a campanha para reeleição, o parlamentar buscou apoio de indivíduos ligados ao tráfico de drogas na região do Bela Vista. Um dos investigados chegou a ser lotado no gabinete do vereador, justificando a ação no local. No momento, o político não estava em Timóteo, pois se encontra em viagem a Brasília. Apesar das suspeitas iniciais, ele não foi preso.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Avanços da operação

A operação desta terça-feira cumpriu seis mandados de busca e apreensão em residências de agentes públicos e três mandados de prisão preventiva. A primeira fase da operação, realizada anteriormente, já havia resultado na execução de 42 mandados de busca e apreensão e três prisões preventivas. Os materiais recolhidos possibilitaram a identificação de novos suspeitos e o aprofundamento das investigações.

As autoridades identificaram a participação de empresários do setor farmacêutico, acusados de desviar insumos como cafeína, utilizados na adulteração de drogas como a cocaína. Esses produtos, acessíveis pelas atividades comerciais dos empresários, eram usados para aumentar o volume das substâncias vendidas pelos traficantes.

Esquema sofisticado de adulteração e finanças

Os traficantes, especialmente da região de Coronel Fabriciano, misturavam o cloridrato de cocaína com os insumos desviados, ampliando a quantidade de droga disponível para comercialização. Além disso, a investigação revelou uma complexa rede de movimentações financeiras ligadas ao grupo criminoso, incluindo o uso de "laranjas" e o envio de valores para regiões de fronteira conhecidas pelo fluxo de drogas.

As autoridades continuam monitorando as operações financeiras e logísticas da organização com o objetivo de desmantelar completamente sua estrutura.

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