Quadrilha usava notas fiscais falsas para legalizar bens roubados
A estratégia era utilizar esses documentos para “esquentar” produtos roubados, principalmente tratores e maquinários agrícolas.
Por Plox
03/12/2024 07h26 - Atualizado há 22 dias
Uma organização criminosa sediada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi desmantelada nesta segunda-feira (2) durante a Operação Hybris, realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). De acordo com as investigações, o grupo emitiu mais de 500 notas fiscais fraudulentas, com um valor total que ultrapassa R$ 136 milhões. A estratégia era utilizar esses documentos para “esquentar” produtos roubados, principalmente tratores e maquinários agrícolas.
Operação nacional
A operação resultou no cumprimento de dez mandados de prisão e 21 de busca e apreensão em diversos estados brasileiros. Segundo o MPMG, a quadrilha criava empresas fictícias para gerar as notas fiscais eletrônicas falsas (NFA-e), usando dados de terceiros, como identidades, números de telefone e e-mails.
O grupo operava em Uberlândia, mas registrou empresas falsas em estados como Maranhão, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas, expandindo suas atividades criminosas por várias regiões do país.
Mandados e apoio regional
Os mandados foram executados em cidades mineiras, como Patos de Minas, Uberlândia e Uberaba, além de localidades em Goiás (Goiânia, Santa Helena de Goiás e Bom Jesus de Goiás), no Distrito Federal e no Pará, em Eldorado dos Carajás.
A Operação Hybris foi coordenada pelo Grupo de Apoio Especial ao Crime Organizado (Gaeco) de Patos de Minas, em conjunto com a Polícia Militar de Minas Gerais e com o apoio de Gaecos de Uberlândia, Uberaba, Goiás, Pará e Distrito Federal.
Esquema de dissimulação
Conforme explicou o MPMG, o esquema tinha como objetivo dissimular a origem, natureza e propriedade dos bens roubados, dando aparência de legalidade a produtos provenientes de furtos e roubos.