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Universidade concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM em SP
Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, recebeu homenagem póstuma na colação de grau de Medicina, meses após ser morto com tiro à queima-roupa durante abordagem policial na Vila Mariana, em São Paulo
03/12/2025 às 12:47por Redação Plox
03/12/2025 às 12:47
— por Redação Plox
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A Universidade Anhembi Morumbi concedeu um diploma póstumo ao estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, morto aos 22 anos com um tiro à queima-roupa disparado por um policial militar em novembro de 2024, em São Paulo.
A homenagem foi realizada durante a colação de grau da turma de Marco Aurélio, na última sexta-feira (28), no Edifício Bunkyo, no Centro da capital paulista. Sob aplausos de colegas e professores, os pais do jovem, ambos médicos, subiram ao palco para receber o diploma em nome do filho.
Família é homenageada com diploma póstumo de Marco Aurélio, estudante morto por um policial em 2024
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Sonho interrompido na reta final da graduação
Marco Aurélio cursava o quinto ano de Medicina quando foi assassinado no hotel em que estava hospedado na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. Ele tinha o objetivo de seguir a carreira da família e se especializar em Neonatologia, área da pediatria dedicada ao cuidado de recém-nascidos.
Universidade Anhembi Morumbi entrega diploma póstumo a aluno de medicina morto por policial militar
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Em carta enviada ao g1, o pai do estudante, Julio Acosta Navarro, descreveu o momento da homenagem e a forma como a família enxerga a trajetória interrompida do filho.
Marco Aurélio não estava aí fisicamente nessa noite, mas, desde as estrelas, recebeu seu diploma e se tornou médico. Sua turma inteira o reconheceu também, só que lhe foi destinado pelos Deuses cuidar e tratar seres de outros mundos no céu
Julio Acosta Navarro
Abordagem policial terminou em morte
O estudante foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial na madrugada de 20 de outubro de 2024, na Vila Mariana. A confusão começou quando ele deu um tapa no retrovisor de uma viatura que passava pela Rua Cubatão e correu para dentro de um hotel onde se hospedava com uma amiga.
No carro estavam os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado. Após o tapa no retrovisor, os dois desceram da viatura e seguiram o estudante até o saguão do hotel. Imagens de câmera de segurança mostram Guilherme apontando o revólver e gritando “você vai tomar”, enquanto tenta puxar o jovem pelo braço.
Na sequência, Bruno chuta Marco Aurélio, que reage segurando o pé do policial, fazendo com que ele caia no chão. Logo depois, Guilherme dispara à queima-roupa e atinge o abdome do estudante.
Atendimento médico e versão dos policiais
Após o disparo, Marco Aurélio foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a ficha de atendimento médico, a unidade estava superlotada e não contava com equipamento de tomografia no momento.
No boletim de ocorrência, os policiais relataram que o estudante teria resistido à abordagem, “entrado em vias de fato com a equipe” e tentado pegar a arma de Bruno. As imagens do circuito interno do hotel, porém, não mostram essa tentativa de desarmar o agente.
Apesar de três pedidos de prisão preventiva apresentados pela família da vítima, os dois PMs seguem respondendo ao processo em liberdade.
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