Economia

China assume liderança nas exportações de fertilizantes ao Brasil e provoca filas recordes em Paranaguá

País asiático ultrapassa Rússia como maior fornecedora de sulfato de amônio e formulações NP, gera gargalo logístico no Porto de Paranaguá e eleva custos; CNA vê possibilidade de novo recorde de entregas em 2025

03/12/2025 às 07:17 por Redação Plox

A China ultrapassou a Rússia e se tornou o maior fornecedora de sulfato de amônio (SAM) e formulações à base de NP (nitrogênio e fósforo) para o Brasil. De janeiro a outubro de 2025, o país asiático embarcou 9,76 milhões de toneladas do insumo para o mercado brasileiro, de acordo com dados do boletim Insumos CNA de novembro, divulgados nesta terça-feira (2).

Bandeira nacional da China

Bandeira nacional da China

Foto: Pixabay


Porto de Paranaguá enfrenta filas e custos maiores

O levantamento aponta que o rápido avanço das importações de fertilizantes chineses em um curto intervalo de tempo provocou longas filas de navios no Porto de Paranaguá (PR) ao longo do ano, com tempo médio de espera em torno de 60 dias para o desembarque das cargas.

Esse acúmulo criou um significativo gargalo logístico, pressionando a capacidade operacional do porto e elevando os custos e a demurrageCNA

Rússia segue estratégica no fornecimento

Mesmo com a perda da liderança para a China, a Rússia continua sendo um fornecedor estratégico de fertilizantes para o Brasil. Segundo o boletim, o país embarcou 9,72 milhões de toneladas entre janeiro e outubro de 2025.

As entregas totais de fertilizantes no Brasil até agosto registraram alta de 9% no ano, sinalizando um mercado aquecido e demanda firme do setor agropecuário.

Possível novo recorde em 2025

A publicação indica que o Brasil pode alcançar um novo recorde de entregas de fertilizantes em 2025. O Rio Grande do Sul deve ter peso importante nesse resultado, em razão do atraso nas aquisições feitas pelo estado, o que tende a concentrar mais operações neste período.

Relação de troca e preços no mercado

As relações de troca seguem desfavoráveis entre as principais culturas agrícolas e as fontes de fertilizantes fosfatados, segundo a CNA. No mercado de defensivos, a entidade observou um aumento de preços concentrado no grupo dos fungicidas, impulsionado pelos tratos culturais na cultura da soja.

As informações são do Estadão.

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