Política

PF prende presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, em operação sobre vazamento de dados

Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro é detido na Operação Unha e Carne, suspeito de repassar informações sigilosas da Operação Zargun e de integrar esquema ligado ao tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro

03/12/2025 às 13:26 por Redação Plox

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi detido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Unha e Carne. A investigação apura a suspeita de que o parlamentar tenha repassado informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que levou à prisão do então deputado estadual TH Joias.

Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Foto: Thiago Lontra/Alerj


De acordo com a PF, a atuação de agentes públicos teria sido decisiva para o vazamento de dados sigilosos ligados à Operação Zargun, o que, segundo a corporação, resultou na obstrução das investigações sobre o caso.

Mandados foram autorizados pelo STF

Na fase atual da Operação Unha e Carne, a PF cumpre um mandado de prisão preventiva, oito ordens de busca e apreensão e uma intimação para aplicação de medidas cautelares alternativas, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação é resultado das diretrizes fixadas pelo STF no julgamento da chamada ADPF das Favelas, que atribuiu à Polícia Federal a missão de investigar a atuação de organizações criminosas violentas no Rio de Janeiro e possíveis vínculos desses grupos com autoridades públicas.

TH Joias foi preso em setembro por tráfico e corrupção

A prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, ocorreu em 3 de setembro deste ano. Ele é acusado de crimes como tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, e foi apontado como suspeito de negociar armas e acessórios para a facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Na ocasião, TH foi alvo de duas operações simultâneas: uma com mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal e outra por ordem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A PF afirma ter identificado um esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, TH teria usado o mandato parlamentar para favorecer o Comando Vermelho, inclusive com a nomeação de comparsas para cargos na Alerj.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a