Ex-Juíza Ludmila Lins Grilo declara asilo político nos EUA e denuncia "Ditadura Judicial" no Brasil

 A ex-juíza Ludmila Lins Grilo, conhecida por suas posturas polêmicas nas redes sociais e afastada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), revelou estar "asilada" nos Estados Unidos desde 2022. Em declarações recentes, ela acusa o Supremo Tribunal Federal (STF), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o próprio TJMG de perseguição política.

Afastamento e Motivos da Controvérsia Ludmila foi afastada de suas funções na Vara Criminal e da Infância de Unaí (MG) pelo CNJ em fevereiro de 2022, após descumprimento de deveres básicos de seu cargo e falta ao local de trabalho. Durante 2020 e 2021, ela ganhou notoriedade por criticar ministros do STF e incentivar aglomerações em meio à pandemia da COVID-19, além de ensinar "táticas" para evitar o uso de máscaras em locais públicos.

Declarações e Críticas ao STF e CNJ Em publicações nas redes sociais, Ludmila descreveu sua situação atual nos EUA, afirmando que continuou exercendo suas atividades judiciais por videoconferência. Ela acusa o STF e o CNJ de censura e diz que utilizará cada ataque sofrido em seus processos nos EUA. Além disso, planeja apresentar uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos contra membros do STF e outros, incluindo o Ministro Luis Felipe Salomão e desembargadores do TJMG, por crimes contra a humanidade.

Contexto Polêmico e Repercussões A ex-juíza foi aposentada compulsoriamente pelo TJMG em maio do ano passado, após ser afastada pelo CNJ, que abriu dois processos administrativos disciplinares contra ela. Suas postagens nas redes sociais, criticando ministros do STF e desobedecendo recomendações sanitárias, geraram polêmica e suspensão de sua conta no Twitter pelo ministro Alexandre de Moraes. Estas ações contribuíram para as representações e decisões que levaram ao seu afastamento.