Governo Lula mantém vacinas desatualizadas contra a Covid enquanto aguarda aval da Anvisa

Ministério da Saúde espera liberação para importar doses mais recentes, mas população segue com imunizantes antigos

Por Plox

04/02/2025 09h22 - Atualizado há cerca de 2 meses

As vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos postos de saúde do Brasil estão desatualizadas. O Ministério da Saúde aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para distribuir uma versão mais recente dos imunizantes, adquirida em uma compra de quase 60 milhões de doses.

Vacinas atuais protegem contra cepa antiga

Atualmente, as vacinas aplicadas no país são direcionadas para a cepa Ômicron XBB.1.5. Esses imunizantes foram desenvolvidos no final de 2023 e receberam autorização da Anvisa para uso no Brasil no início de 2024.

No entanto, em abril de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a atualização para a cepa JN.1, que se tornou predominante. A Anvisa seguiu essa orientação e, em setembro de 2024, autorizou a adoção da versão mais recente da vacina.

Foto: Agência Brasil/José Cruz

Autorização limitada para novas vacinas

Em novembro de 2024, a Anvisa concedeu aval para a aplicação da vacina contra a JN.1, mas apenas para os imunizantes produzidos pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna.

O problema é que o contrato vigente do Ministério da Saúde para aquisição de vacinas contra a Covid-19, após uma licitação realizada em novembro de 2024, foi fechado com a Zalika Farmacêutica. A empresa fornece ao governo a vacina Covovax, desenvolvida pela Novavax, que ainda não recebeu aprovação da Anvisa para sua versão contra a cepa JN.1.

Enquanto o país aguarda a liberação dessa nova versão, a população segue sendo imunizada com vacinas contra uma variante que já não é a mais prevalente no cenário epidemiológico atual.

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