Redefinição na dívida de Minas: o embate entre Pacheco e Haddad
Um novo plano para o futuro econômico
Por Plox
04/04/2024 10h09 - Atualizado há 4 meses
Com um papel cada vez mais influente no cenário político nacional, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e membro do PSD, está preparando o terreno para lançar um novo projeto que promete revolucionar a maneira como a dívida de Minas Gerais está sendo gerenciada. Fortalecido pela sua proximidade com o governo de Lula, Pacheco se posiciona para modificar o plano originalmente proposto por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que visava estabelecer um limite de 20% para o abatimento da dívida estadual através da transferência de empresas estatais.
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Pacheco argumenta que esse limite é insuficiente, principalmente porque exclui grandes entidades como a Cemig, além da Codemig, do processo de abatimento. Seu plano é ampliar esse percentual para garantir uma inclusão mais abrangente e, assim, proporcionar um alívio maior à dívida estadual. Além disso, pretende adicionar outros ativos ao pacote de abatimento, como os créditos que Minas Gerais tem a receber em decorrência da Lei Kandir, aumentando significativamente os benefícios para o estado.
O senador também planeja ser mais generoso no modelo de renegociação de dívidas proposto para os estados, com reduções de juros e descontos mais atraentes, contrastando com as medidas mais rígidas inicialmente previstas. Uma das críticas ao plano de Haddad é a vinculação do abatimento da dívida a investimentos em educação profissionalizante, uma condição que, segundo alguns, muitos estados não teriam capacidade de cumprir.
Turbulência política em Belo Horizonte
Além das manobras econômicas, a cena política de Belo Horizonte está agitada, especialmente com as recentes movimentações envolvendo a família Aro. Com a saída de quase 80 cargos vinculados à família, a situação do chefe do clã, Marcelo Aro, secretário da Casa Civil de Zema, tornou-se particularmente delicada.
Apesar dos esforços do prefeito Fuad Noman para minimizar o impacto, a realidade é que a perda desses cargos representa um duro golpe, não apenas financeiramente, dada a soma de R$ 440 mil mensais em salários, mas também politicamente. Com a janela partidária se fechando, a reconstrução das chapas para as próximas eleições municipais se torna um desafio maior, abrindo espaço para novas lideranças e alterações no cenário político local.
Presença marcante de deputados federais
A agitação não se limita ao âmbito estadual. Deputados federais de Minas Gerais têm marcado presença em Belo Horizonte, deixando temporariamente seus deveres em Brasília para fortalecer alianças partidárias na capital.