Médica perde R$ 58 mil em golpe no dia do aniversário

A médica tentou pagar em dinheiro, mas o criminoso afirmou que a empresa só aceitava cartões.

Por Plox

04/05/2023 10h50 - Atualizado há cerca de 1 ano

Uma médica pneumologista de 77 anos foi vítima de um golpe no dia do seu aniversário, 8 de abril. O criminoso se passou por entregador da loja de cosméticos O Boticário, alegando ter uma lembrança de presente para ela. A profissional autorizou a entrega em seu apartamento em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A entrega e o golpe

O suposto entregador, um jovem aparentemente menor de 18 anos, chegou com uma caixa e uma sacola da marca, solicitando o pagamento de R$ 7,90 pela taxa de entrega. A médica tentou pagar em dinheiro, mas o criminoso afirmou que a empresa só aceitava cartões. Depois de duas tentativas malsucedidas de pagamento com diferentes cartões, o golpista disse que buscaria outra máquina, pois a que tinha estava com defeito. Ele deixou o "presente" com a vítima e foi embora.

Ao abrir a caixa, a médica encontrou apenas um xampu sem qualquer cartão de presente, o que a fez suspeitar de algo errado. Consultando os extratos bancários, ela descobriu que o criminoso havia feito compras à vista nos dois cartões: R$ 38 mil no cartão da Caixa Econômica Federal e R$ 20 mil no do Banco do Brasil, este último levado pelo bandido.

Desdobramentos e outro caso

A médica cancelou os cartões e registrou um Boletim de Ocorrência. Até o momento, o Banco do Brasil nega sua contestação de R$ 20 mil, e a Caixa Econômica ainda está analisando o caso. A vítima afirma não ter passado suas senhas ao criminoso e acredita que os cartões foram clonados.

Outra vítima desse tipo de golpe foi a professora aposentada F.O., de 69 anos, que recebeu um suposto brinde das Lojas Americanas em seu aniversário. Após pagar R$ 6 pela entrega com cartão de crédito, ela descobriu que o golpista havia feito uma compra de R$ 2.600 em seu nome. A professora espera a fatura do cartão para saber se sofrerá algum prejuízo.

O jornal Estado de Minas tentou contato com as assessorias de imprensa da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, mas ainda não obteve resposta.

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