Brasil descarta novos fechamentos após casos de gripe aviária em aves silvestres

Ministério garante controle da situação e já negocia com países para retomar exportações de carne de aves

Por Plox

04/06/2025 11h34 - Atualizado há 3 dias

Apesar do surgimento de novos casos de gripe aviária em aves silvestres, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) assegurou nesta quarta-feira (4) que não há risco de novos fechamentos de mercados internacionais.


Imagem Foto: Pixabay


Segundo o ministro Carlos Fávaro, o Brasil mantém controle da situação e já iniciou negociações para reverter restrições impostas por alguns países. “Já começamos a negociação de diminuir a restrição total com vários países”, afirmou o ministro. Atualmente, 169 casos da doença foram registrados em aves silvestres — o mais recente em um irerê encontrado morto no Zoológico de Brasília.



Fávaro ressaltou que esses casos não afetam as exportações, pois não envolvem a cadeia produtiva comercial. “Estamos há dois anos tendo caso de animal silvestre, desde 15 de maio de 2023. Mas desde lá não fechou nenhum mercado, porque o protocolo não prevê nenhuma restrição nesse caso”, explicou.



Um foco detectado em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, foi rapidamente contido. O ministro destacou que o processo de vazio sanitário — que dura 14 dias — já está em andamento e não há mais registro de mortes entre os animais da granja, o que demonstra a eficácia do sistema de contenção brasileiro.


Atualmente, 21 mercados impõem algum tipo de restrição à carne de aves brasileira. Destes, 14 suspenderam compras oriundas do Rio Grande do Sul e quatro aplicaram restrições diretamente ao município de Montenegro. Fávaro revelou que negociações com países como México, China, Iraque, África do Sul e União Europeia estão em curso. “A União Europeia já encaminhou um questionário para o Mapa e já respondemos, devolvendo para a UE na expectativa”, afirmou.


O ministro também garantiu que o país seguirá em estado de emergência, intensificando investigações e mantendo a transparência nos processos. Até o momento, oito casos seguem em análise, todos fora de granjas comerciais.


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