Empresa faz primeiro teste de chip cerebral em humano e retira em 10 minutos

Paradromics, concorrente da Neuralink, testa chip Connexus em paciente com epilepsia nos EUA

Por Plox

04/06/2025 11h47 - Atualizado há 2 dias

A empresa norte-americana Paradromics realizou um feito inédito ao implantar, pela primeira vez, seu chip cerebral Connexus em um ser humano. O procedimento, que aconteceu no dia 14 de maio, durou cerca de 10 minutos entre a inserção e a retirada do dispositivo, marcando um avanço significativo nas tecnologias de interface cérebro-computador.


Imagem Foto:Divulgação | Paradromics


O teste foi conduzido na Universidade de Michigan, em um paciente diagnosticado com epilepsia. O chip foi colocado temporariamente no lobo temporal, região cerebral associada à memória e à audição. O objetivo do Connexus é permitir que pessoas com deficiências de comunicação causadas por condições como lesão na medula espinhal, acidente vascular cerebral ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) possam se comunicar por meio de sinais neurais traduzidos em fala sintetizada, texto ou comandos.


Imagem Foto:Divulgação | Paradromics


Segundo a Paradromics, o Connexus é menor do que uma moeda de dez centavos e é composto por 420 microagulhas que funcionam como eletrodos para captar sinais de neurônios individuais. Essa abordagem contrasta com outras empresas do setor, como a Neuralink, que utiliza mais de mil eletrodos distribuídos em 64 fios flexíveis, e com empresas como Precision Neuroscience e Synchron, que investem em métodos menos invasivos, posicionando os dispositivos na superfície do cérebro ou em vasos sanguíneos, respectivamente.



O neurocirurgião Matthew Willsey, responsável pela intervenção, destacou que a pesquisa busca desenvolver a próxima geração de dispositivos de assistência motora e de fala com base em plataformas avançadas como a Connexus. Fundada em 2015, a Paradromics já vinha testando o chip em ovelhas antes de avançar para testes humanos. A empresa agora pretende investigar a viabilidade de implantar até quatro dispositivos em estudos futuros, após comprovar a segurança de um único implante em testes prolongados.


Destaques