MG volta aos holofotes com achado de diamante de 647 quilates

Pedra preciosa encontrada no rio Douradinho, em Coromandel, pode valer até R$ 16 milhões

Por Plox

04/06/2025 12h24 - Atualizado há 3 dias

Uma descoberta rara chamou a atenção da população de Coromandel, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais: um diamante de cerca de 647 quilates foi encontrado nas águas do rio Douradinho, na zona rural do município.


Imagem Foto :Divulgação / Prefeitura de Coromandel


Com pouco mais de 28 mil habitantes, a cidade viu a notícia se espalhar rapidamente. O achado foi confirmado pelo prefeito Fernando Breno (PRD), que destacou a importância da descoberta, já que se trata da segunda maior pedra preciosa já encontrada no Brasil. A primeira também foi localizada no mesmo município, reforçando a fama da cidade como um importante polo diamantífero.


A análise que comprovou a autenticidade da gema foi feita por uma engenheira de mineração, ligada a uma das empresas que atuam na cidade. A identidade da profissional não foi revelada. Segundo informações locais, o diamante possui coloração marrom e já teria sido negociado por cerca de R$ 16 milhões.


Imagem Foto Divulgação / Prefeitura de Coromandel


“Foi uma movimentação intensa na cidade. Coromandel sempre teve muita atividade de garimpo, mas há muito tempo não víamos algo desse porte. A cidade inteira ficou em alvoroço”, relatou uma fonte ligada à prefeitura.


O prefeito recordou que a história do município é marcada pela presença de pedras preciosas. O maior diamante já encontrado no Brasil, o Getúlio Vargas, com 728 quilates, também foi extraído em Coromandel, no rio Santo Antônio, em 1938. Agora, com esta nova descoberta no rio Douradinho, a cidade reafirma seu lugar no topo das maiores descobertas do país. Um terceiro grande diamante também teria sido achado na mesma região anteriormente.



A tradição mineral da cidade é tão forte que foi eternizada em música. O compositor Goiá homenageou Coromandel em uma canção que enaltece seus garimpeiros, fazendeiros e doutores, dizendo: \"Coromandel, o fragmento mais radioso, o diamante mais formoso dos garimpos do Brasil\".


Nas redes sociais, o geólogo e gemólogo Daniel Fernandes, de 35 anos, viralizou ao comentar o caso. Segundo ele, a cor real da pedra ainda pode variar, pois o aspecto alaranjado pode ser consequência da sujeira no momento da extração. Fernandes ressaltou que o valor do diamante pode ser muito relativo e depender de diversas avaliações, mas enfatizou a importância e raridade da descoberta.



Ele concluiu dizendo que uma pedra desse nível é, sem dúvidas, um presente da natureza.


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