Saiba quando procurar atendimento de urgência em casos de crianças ou idosos com sintomas respiratórios

Crianças e idosos lideram internações por infecções graves; vacinação e atenção aos sintomas são cruciais

Por Plox

04/06/2025 07h36 - Atualizado há 3 dias

Com a queda das temperaturas e o aumento da circulação de vírus no ar, as unidades de saúde em Minas Gerais já registram expressiva elevação nos atendimentos por infecções respiratórias como bronquiolite, gripe, pneumonia e resfriado.


Imagem Foto: Divulgação/Agência Minas


A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) chama a atenção da população para os sinais de agravamento dessas doenças, principalmente em crianças e idosos, considerados os mais vulneráveis. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, a identificação precoce dos sintomas pode evitar complicações graves.



“Em casos de febre alta, dificuldade para respirar, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, tosse com catarro espesso, confusão mental, prostração ou saturação de oxigênio abaixo de 94%, a recomendação é procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital o quanto antes”, orienta Prosdocimi.




Crianças pequenas ainda estão com o sistema imunológico em formação e têm risco elevado de agravamento rápido. Idosos, por sua vez, apresentam menor resistência imunológica, o que aumenta a chance de complicações severas.


A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma das consequências mais preocupantes dessas infecções, pode levar à internação hospitalar. De janeiro a maio deste ano, Minas Gerais registrou 39.556 internações por SRAG. Mais de 66% dos pacientes eram crianças com até 1 ano de idade ou pessoas acima dos 60 anos.



No mesmo intervalo, as Unidades Básicas de Saúde contabilizaram mais de 100 mil atendimentos por infecções respiratórias, com destaque para os mais de 25 mil casos em crianças pequenas e idosos.


Em 2024, a situação também foi preocupante: 97.488 pessoas foram internadas por agravamento de doenças respiratórias. Dentre elas, 55.172 tinham mais de 60 anos e mais de 9 mil eram menores de 1 ano, somando mais de 66% do total.


Diante desse cenário, a vacinação se mostra a medida mais eficaz na prevenção de casos graves e mortes. As vacinas contra a gripe (influenza) e a Covid-19 são as principais ferramentas de proteção, especialmente para os grupos prioritários como crianças, idosos, gestantes e portadores de comorbidades.



Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 29 de maio foram aplicadas 4.316.110 doses da vacina contra a influenza no estado. A meta é imunizar 5.412.225 pessoas, mas a cobertura vacinal ainda está em 38,66% entre crianças, gestantes e idosos.


Já em relação à Covid-19, 38.565.880 doses foram aplicadas até a mesma data. A taxa de cobertura é de 88,68% para o esquema primário, 59,04% para o reforço com a monovalente e 23,48% para a vacina bivalente.


Além da vacinação, medidas simples podem ajudar a conter a disseminação dos vírus, como lavar bem as mãos, manter os ambientes bem ventilados, evitar aglomerações durante surtos e utilizar máscaras ao apresentar sintomas gripais.



A SES-MG reforça que, diante do aumento de casos e da vulnerabilidade dos públicos de risco, é fundamental agir com rapidez diante dos primeiros sinais e manter a vacinação em dia.


Destaques