Capital Paulista enfrenta atraso na segunda dose da vacina contra Dengue

Falta de doses prejudica vacinação de crianças e adolescentes

Por Plox

04/07/2024 10h53 - Atualizado há 5 meses

A cidade de São Paulo ainda não recebeu as novas doses da vacina contra a dengue para a aplicação da segunda dose, programada para iniciar nesta quinta-feira (4). A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que aguarda o envio das vacinas pelo Ministério da Saúde até sexta-feira (5).

Início da vacinação e público-alvo

A campanha de vacinação contra a dengue começou em 4 de abril, priorizando distritos com maior incidência da doença, como Itaquera e Jardim Jaguara, na Zona Leste. Inicialmente, a imunização foi direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com um público estimado de cerca de 600 mil pessoas. Em abril, a capital recebeu 185.989 doses, suficientes para a primeira aplicação.

Aumento de casos e mortalidade

De acordo com o painel da SMS, São Paulo registrou até esta quarta-feira (3) mais de 530.695 casos confirmados de dengue, com 260 mortes. Apesar do aumento no número de casos comparado ao mesmo período do ano passado, a cidade observou uma redução semanal nos registros da doença em 2023. Na semana epidemiológica 19, foram contabilizados 43.781 casos, caindo para 2.822 na semana 25, ainda assim, bem acima dos 97 casos registrados no mesmo período de 2023.

Medidas de combate ao Aedes Aegypti

Além da vacinação, a SMS realizou mais de 8,4 milhões de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Entre as medidas estão visitas domiciliares, vistorias em imóveis, bloqueio de criadouros e nebulizações. Desde o início de 2024, essas atividades foram intensificadas, com um aumento significativo no número de agentes, de 2 mil para 12 mil, e a utilização de drones para identificar focos e aplicar larvicida.

Expansão da imunização

A partir de 11 de abril, a vacinação foi expandida para todas as regiões da cidade, com todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) vacinando o público prioritário. No entanto, o atraso na entrega das doses pelo Ministério da Saúde impede a continuidade do esquema vacinal, gerando apreensão entre os moradores e autoridades de saúde.

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