Arthur Lira defende recuo e diálogo na crise do IOF
Durante evento em Lisboa, ex-presidente da Câmara sugere cautela diante do impasse entre Congresso e Executivo sobre o imposto
Por Plox
04/07/2025 07h46 - Atualizado há 1 dia
Durante sua participação no 13º Fórum de Lisboa, realizado em Portugal nesta quinta-feira (3), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), abordou o atual conflito entre o Congresso Nacional e o governo federal envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, o momento exige cautela e moderação.

Lira defendeu que todas as partes envolvidas deem “um passo para trás”, em referência à disputa recente sobre as alíquotas do IOF.
\"Temos um país que precisa de diretrizes e de maneira organizada. Não acho que as mais pesadas estejam maiores. O processo político é dinâmico. O Congresso tem sua autonomia, assim como Executivo e Judiciário. Diálogo é o que precisa ser feito neste momento para que as coisas voltem à sua normalidade\"
, afirmou o deputado.
A polêmica começou quando o Congresso aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que anulava um decreto do Executivo responsável por modificar as alíquotas do IOF. Em resposta, o governo decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir a validade do aumento do imposto, agravando a tensão entre os poderes.
Além de comentar o impasse sobre o IOF, Arthur Lira também mencionou o projeto em tramitação na Câmara que trata da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, além do aumento da carga tributária para salários superiores a R$ 50 mil. O deputado é o relator da proposta.
Segundo ele, o momento político e institucional não favorece o avanço imediato da matéria. “O clima não me parece propício para liberar o texto, quando essa semana muitos de nós estaríamos aqui em Portugal, o presidente Lula em diversas missões, vários ministros fora do Brasil. A gente espera que, no retorno, poderemos continuar as conversas”, declarou.
A fala de Lira reforça a necessidade de reequilíbrio entre os poderes e a importância do diálogo como ferramenta essencial para a retomada da normalidade institucional.