Assassino forja própria morte após matar homem em lavoura de São Domingos das Dores e é preso
Investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver tentou enganar autoridades deixando seus documentos com a vítima
Por Plox
04/07/2025 16h07 - Atualizado há 1 dia
Um crime com detalhes macabros e uma reviravolta surpreendente terminou com a prisão de um homem de 42 anos, nesta quarta-feira (02), na cidade de São Paulo/SP. O detido é investigado pela prática de homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver, além de incêndio e fraude processual majorada. A prisão foi realizada após requerimento do Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim, com apoio da Polícia Civil.

De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu no dia 11 de maio de 2025, no Córrego dos Tibúrcios, zona rural do município de São Domingos das Dores, em Minas Gerais. O investigado e a vítima estavam trabalhando em uma fazenda local, onde, por não possuírem residência fixa, foram acomodados em um cômodo de ferramentas da lavoura.
No dia seguinte, o proprietário da fazenda se deparou com uma cena chocante: um corpo carbonizado, com a cabeça esmagada, enrolado em um pano de café, estava abandonado no meio da plantação. Ao lado da cena, foram encontrados diversos objetos pessoais e uma carteira de trabalho que, inicialmente, fizeram crer que a vítima era o dono dos documentos.

Contudo, as investigações avançaram e revelaram uma surpreendente virada. A verdadeira vítima era outro trabalhador, e o autor do crime era justamente aquele que se acreditava morto. O investigado deixou para trás seus próprios documentos, levando consigo os pertences da vítima e forjando sua morte numa tentativa de enganar as autoridades e dificultar a elucidação do crime.
A farsa começou a ruir após análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de moradores, que confirmaram ter visto o suspeito em datas posteriores ao crime. Com base nessas provas, o Ministério Público fundamentou o pedido de prisão preventiva, destacando a brutalidade do crime e o comportamento ardiloso do autor.

O Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pela ação, ressaltou que a prisão visa garantir a ordem pública, assegurar a instrução do processo e a aplicação da lei penal. O caso chocou a comunidade local e evidenciou a complexidade e crueldade dos atos cometidos.
O detido agora deverá responder pelos diversos crimes imputados a ele, e a investigação prossegue para o completo esclarecimento dos fatos e responsabilização penal do autor.