Sóstenes Cavalcante pressiona por Nikolas Ferreira na relatoria da CPI do INSS

Deputado do PL-MG é o nome preferido para liderar investigação sobre descontos indevidos a aposentados, em meio a tensões entre Congresso e governo

Por Plox

04/07/2025 10h57 - Atualizado há 1 dia

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os descontos não autorizados em benefícios de aposentados do INSS está prevista para iniciar seus trabalhos em agosto. Nos bastidores, a definição do relator da comissão tem gerado intensa disputa política, especialmente entre membros da direita.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) tem defendido a indicação da deputada Coronel Fernanda (PL-MT) para a relatoria, com quem compartilhou a autoria do requerimento da CPI. No entanto, essa escolha enfrenta resistência dentro do próprio partido. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), considera que é necessário um nome mais combativo para enfrentar o governo federal.



Nesse contexto, Sóstenes tem articulado para que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) assuma a relatoria. Conhecido por sua atuação incisiva e forte presença nas redes sociais, Nikolas é visto como alguém capaz de dar visibilidade à CPI e pressionar o governo. Outro nome considerado por Sóstenes é o do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que já atuou como relator em outras ocasiões.



A decisão final sobre a relatoria cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Inicialmente, Motta sinalizava a intenção de indicar um nome mais neutro, possivelmente do Centrão. No entanto, recentes atritos com o governo federal, incluindo críticas sobre a derrubada do decreto do IOF, têm levado Motta a reconsiderar sua posição. Ele agora avalia a possibilidade de indicar um parlamentar mais alinhado à oposição, como Nikolas Ferreira.



Enquanto isso, no Senado, o bloco formado pelo PL e pelo Novo já indicou os senadores Izalci Lucas (PL-DF), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE) como titulares da comissão, com Magno Malta (PL-ES), Marcos Rogério (PL-RO) e Rogério Marinho (PL-RN) como suplentes. Na Câmara, os nomes de Bia Kicis (PL-DF), Zé Trovão (PL-SC) e Coronel Fernanda (PL-MT) são mencionados para compor o colegiado, embora as indicações ainda não tenham sido formalizadas.



A presidência da CPI deve ficar com o Senado, e o nome do senador Omar Aziz (PSD-AM) é o mais cotado para o cargo. Aziz é aliado do governo e conta com o apoio do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP).



A definição da relatoria da CPI do INSS é aguardada com expectativa, pois poderá influenciar significativamente os rumos da investigação e o clima político entre o Congresso e o governo federal.


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