Trabalhadores ficam pendurados após ceder cobertura de tanque em Cubatão
Acidente ocorreu durante reforma em estrutura industrial; empresa terá 30 dias para entregar relatório técnico ao sindicato
Por Plox
04/07/2025 18h28 - Atualizado há 2 dias
Durante a reforma de um tanque industrial em Cubatão, no litoral paulista, dois funcionários terceirizados ficaram pendurados após o desabamento parcial da cobertura da estrutura. O incidente aconteceu na quarta-feira (2), dentro das instalações da CMOC Brasil, empresa localizada no Polo Industrial da cidade.

Os trabalhadores, que prestam serviço ao Grupo NPE, foram imediatamente resgatados e levados ao ambulatório da companhia, onde receberam atendimento médico e foram liberados. Segundo informações apuradas, ambos passam bem e estão recebendo acompanhamento psicológico.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos (Sintracomos) esteve no local e informou que a CMOC se comprometeu a entregar, em até 30 dias, um relatório técnico detalhado com as causas do acidente. Com base nesse documento, o sindicato decidirá se irá formalizar denúncia às autoridades competentes.
A reportagem apurou ainda que o tanque, onde ocorreu o acidente, estava desativado e sem resíduos de ácido sulfúrico, substância comum na produção de fertilizantes. Por essa razão, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) declarou que não houve impacto ambiental.
Imagens que circularam nas redes sociais mostram os dois trabalhadores suspensos por Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) enquanto ainda estavam no andaime. Após o ocorrido, os trabalhos de manutenção foram interrompidos.
A Prefeitura de Cubatão afirmou que a Defesa Civil não foi acionada, apesar da ampla repercussão do caso. A CMOC Brasil, por sua vez, preferiu não fornecer detalhes sobre a operação no momento, e o Grupo NPE, responsável pelos funcionários, ainda não se manifestou até a última atualização.
A CMOC Brasil, antes conhecida como Copebrás Indústria Ltda., atua no ramo desde 1955 e, desde 2016, concentra-se na produção de produtos fosfatados para diversos setores. O minério utilizado vem de uma mina em Ouvidor (GO) e é processado nas plantas de Catalão (GO) e Cubatão (SP), local do acidente.