Luto e denúncias: casal de médicos alega negligência em maternidade após morte de recém-nascido

Marília Panotin estava grávida de gêmeos. Davi morreu dois dias depois de nascer e mãe diz que hospital escondeu real motivo

Por Plox

04/08/2023 10h24 - Atualizado há quase 2 anos

Marília Panontin e Victor Melo da Silva enfrentam uma dolorosa perda. O casal, formado por uma médica otorrinolaringologista e um delegado de polícia, vivenciou a morte de seu filho recém-nascido, Davi, em uma renomada maternidade de São Paulo. Agora, eles acusam a Maternidade Santa Joana de negligência médica, alegando condutas ilegais e manipulação de laudos médicos.

Marília e Victor teriam um casal de gêmeos REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A chegada dos gêmeos

No dia 1 de julho, Marília e Victor entraram na Maternidade Santa Joana, localizada no centro de São Paulo, esperançosos e prontos para receber seus filhos, frutos de um processo de fertilização in vitro. Marília deu à luz a um casal de gêmeos, Lara e Davi Panontin Melo. No entanto, o sonho rapidamente se transformou em pesadelo. Davi morreu apenas dois dias após seu nascimento.

Relatos nas redes sociais

Por meio das redes sociais, Marília compartilhou detalhes do que aconteceu naqueles angustiantes dias. Ela contou que, embora Lara e Davi tivessem nascido sem complicações, foram enviados para a UTI neonatal. O motivo apresentado para essa decisão foi que ambos necessitavam de "ganho de peso e monitorização contínua".

Nos dois primeiros dias, Marília e Victor visitaram seus filhos na UTI, chegando a segurá-los no colo. Os boletins médicos que receberam afirmavam que os gêmeos estavam bem e estáveis.

A notícia devastadora

Na madrugada do dia 3 de julho, Marília e Victor foram informados da morte de Davi. Segundo Marília, seu filho havia asfixiado com leite. Ela denuncia que a equipe médica demorou duas horas para informá-los da tragédia e tentou desacreditá-la enquanto mãe e profissional de saúde.

Contradições nos laudos

Marília afirma que, inicialmente, duas médicas informaram ao pai de Davi que o recém-nascido havia morrido por volta das 2h devido a uma condição cardíaca que levou a uma parada cardíaca súbita. No entanto, em um prontuário, Marília descobriu que a causa da morte era asfixia por leite, uma "grande quantidade de secreção branca de aspecto leitoso" encontrada nas vias aéreas do bebê.

Acusações de negligência e fraude

A mãe de Davi também afirma que a maternidade foi negligente em deixar o pequeno Davi sozinho em um canto da UTI, sem a devida assistência médica. Além disso, ela alega que o hospital encobriu essa omissão "mediante a fraude de prontuários" e outras "condutas ilegais", e não encaminhou o corpo do recém-nascido para exames necroscópicos no Instituto Médico Legal (IML).

Até o momento, a Maternidade Santa Joana não se manifestou sobre as acusações, apesar dos pedidos de resposta da Agência Record.

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