Após pneumonia grave, bebê é salvo com pulmão artificial e se torna o mais jovem a usar ECMO no RJ
Com sepse e pulmão comprometido, criança de 1 ano e 8 meses foi transferida de Macaé para o Rio e passou duas semanas conectada ao equipamento de alta complexidade
Por Plox
04/08/2025 16h28 - Atualizado há 2 dias
Um bebê de apenas 1 ano e 8 meses sobreviveu a uma grave infecção pulmonar graças ao uso de uma tecnologia avançada que atua como um pulmão artificial. O pequeno Gustavo enfrentou uma severa pneumonia bacteriana que rapidamente se agravou, exigindo cuidados intensivos e transferência emergencial.

Os primeiros sintomas surgiram ainda em maio deste ano, quando a criança apresentou sinais leves de gripe. No entanto, em poucos dias, o quadro evoluiu para uma pneumonia necrotizante, que comprometeu seriamente o pulmão esquerdo e provocou sepse. A gravidade da condição levou à intubação e transferência imediata de Macaé para um hospital particular na capital fluminense.

Para salvar a vida do menino, a equipe médica utilizou a ECMO, sigla em inglês para Oxigenação por Membrana Extracorpórea. Esse equipamento de alta complexidade realiza a oxigenação do sangue fora do corpo, sendo essencial em situações críticas de insuficiência respiratória ou cardíaca. Antes mesmo da chegada ao hospital na capital, Gustavo já havia sido preparado para o procedimento por profissionais de Macaé, com orientação remota da equipe do Rio de Janeiro.
O tratamento com ECMO durou duas semanas, e o bebê ficou mais de dois meses internado até receber alta. Segundo o Hospital Copa D’Or, ele foi o paciente mais novo entre as nove crianças que já utilizaram o aparelho na unidade. Apesar da melhora, Gustavo ainda enfrenta um longo caminho de recuperação. Por conta do tempo acamado, perdeu força muscular e parte dos movimentos, necessitando de acompanhamento contínuo com fisioterapeutas, neurologistas e pediatras.
Mesmo sendo vital em casos extremos, a ECMO ainda não faz parte dos procedimentos disponíveis de forma regular pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde afirma que, atualmente, não há pedidos de incorporação da tecnologia, cujo custo elevado restringe seu uso.
Para os pais de Gustavo, o tratamento foi decisivo. Agora, celebram a recuperação do filho, que continua seu processo de reabilitação em casa, em Macaé.