Cleitinho ataca políticos e reforça anistia em ato em BH

Senador critica Cunha, Dirceu e Cabral durante manifestação na Praça da Liberdade e defende perdão aos envolvidos em 8 de janeiro

Por Plox

04/08/2025 09h29 - Atualizado há 1 dia

Durante um ato realizado na manhã de domingo (3), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) elevou o tom ao discursar contra nomes emblemáticos da política nacional e defendeu o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.


Imagem Foto: Redes sociais


Na manifestação, voltada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cleitinho apontou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, como exemplos de impunidade. Ele questionou o tratamento dado aos presos de 8 de janeiro, comparando-os às figuras citadas.


“Tem um canalha aqui em Minas, um vagabundo chamado Eduardo Cunha, que agora quer se candidatar a deputado federal. Vocês vão ter coragem de votar em um vagabundo desses?”, disparou o senador.



Cleitinho criticou o fato de Cunha, que foi deputado pelo Rio de Janeiro e ganhou notoriedade ao comandar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ter se mudado recentemente para Minas Gerais com o objetivo de disputar uma vaga na Câmara Federal. Apesar do destaque político que obteve, Cunha enfrentou graves denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato.


A equipe de reportagem tentou contato com Eduardo Cunha, mas até o momento não houve resposta.


No mesmo discurso, o parlamentar defendeu com veemência a aprovação da proposta de anistia. Para exemplificar sua posição, Cleitinho mencionou um episódio de violência doméstica ocorrido recentemente:
“Essa semana teve um covarde que espancou a mulher com sessenta socos e a deixou sem conseguir falar. Vocês acham que ele vai pegar 16 anos de cadeia? Agora, uma mãe de família que escreveu ‘Perdeu, mané’ vai pegar 16 anos?”


Além de Cunha, Cleitinho também direcionou suas críticas a José Dirceu, condenado por envolvimento no escândalo do mensalão, e a Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro que chegou a acumular mais de 400 anos de penas na Justiça. Ambos, segundo o senador, estudam retornar à vida política mesmo após condenações e prisões.


“José Dirceu quer voltar para a cena do crime. Já está dizendo que vai se candidatar a deputado federal. E o Sérgio Cabral, que pegou 400 anos, está solto, fazendo propaganda de filme, querendo voltar também. E aí? Eles podem ser perdoados e os outros não?”, questionou.



O evento contou com a presença de apoiadores que se manifestaram a favor da proposta de Cleitinho, que encerrou seu discurso pedindo urgência na votação da anistia no Congresso Nacional. Segundo ele, é uma questão de justiça diante do que chamou de “dois pesos e duas medidas” no sistema judicial brasileiro.


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