Governo Trump reage à prisão domiciliar de Bolsonaro e pressiona STF
Administração americana ameaça sanções contra ministros que apoiarem decisão de Moraes
Por Plox
04/08/2025 23h10 - Atualizado há 2 dias
Após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, a Casa Branca, por meio do Bureau para Assuntos do Hemisfério Ocidental, emitiu um comunicado condenando duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro.

A nota, divulgada neste domingo (4/8), deixou claro o posicionamento da administração de Donald Trump: os Estados Unidos responsabilizarão todos os envolvidos em práticas que consideram sancionáveis, incluindo aqueles que apoiem ou facilitem medidas como a aplicada contra o ex-presidente brasileiro.
O alerta também indicou que ministros do STF que votarem pela validação da prisão poderão ser alvos das mesmas sanções impostas a Moraes, que anteriormente já havia sido incluído na lista da Lei Magnitsky — instrumento legal americano usado para punir violações de direitos humanos e corrupção no exterior.
A declaração provocou reações em diversos setores e aumentou a tensão entre os dois países. Nas redes sociais, inclusive, um conselheiro próximo de Trump publicou uma imagem de Alexandre de Moraes algemado, inflamando ainda mais os ânimos.
Internamente, o STF se prepara para uma nova etapa do processo. Está prevista para esta terça-feira (5/8) a votação na Primeira Turma do Supremo, que decidirá se mantém ou derruba a prisão domiciliar de Bolsonaro. O grupo é composto por cinco ministros: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.
Dos cinco, apenas Fux tem se posicionado de forma mais independente nos casos relacionados ao ex-presidente. Os demais têm demonstrado alinhamento nas decisões que envolvem Bolsonaro, o que pode indicar um possível desfecho desfavorável ao ex-mandatário na votação que se aproxima.
A movimentação de Trump, entretanto, aumenta a complexidade do cenário político e jurídico, colocando em xeque a autonomia das instituições brasileiras diante da pressão internacional.
\"Responsabilizaremos todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas\", afirmou o Bureau americano em comunicado oficial.