Lula alerta para risco de maioria da direita no Senado

Presidente reforça importância estratégica da eleição de senadores em 2026 para proteger instituições democráticas

Por Plox

04/08/2025 07h16 - Atualizado há 1 dia

Durante sua participação no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar preocupação com a composição do Senado Federal após as eleições de 2026. Em seu discurso, ele destacou que a direita já conta com 25 cadeiras e, caso consiga eleger mais 17 parlamentares, alcançará a maioria com 41 senadores.


Imagem Foto: Presidência


\"Nós precisamos agora fazer uma eleição em 2026 e eleger uma maioria de senadores. Nós temos que prestar atenção nisso. Os nossos senadores, nós temos quase todos [disputando a] reeleição. Eles, não. Eles já têm 25 senadores. Se eles elegerem 17, eles vão para 41 e vão fazer maioria no Senado\"

, alertou o presidente, conforme publicou o portal Poder360.

Essa eventual maioria preocupa o presidente principalmente pelo papel que os senadores exercem na decisão sobre processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma pauta que tem ganhado força entre setores da direita e parte da população. Até o momento, nenhum ministro da Suprema Corte foi removido por impeachment.



Lula aproveitou o momento para criticar práticas dentro do meio político, referindo-se àqueles que se lançam candidatos sem considerar o planejamento ou consulta prévia às direções partidárias. Para ele, esse tipo de atitude desorganiza a estrutura interna das legendas.


\"Aqui nós temos uma coisa muito engraçada, o cara se autodetermina candidato a alguma coisa e depois impõe ao partido a candidatura. Isso para vereador, para deputado estadual, para tudo\"

, comentou o presidente.


Não é a primeira vez que Lula levanta esse tipo de alerta. Em junho, durante o congresso nacional do PSB, realizado em Brasília, ele já havia chamado a atenção para a importância da próxima eleição para o Senado. Na ocasião, o chefe do Executivo lembrou que dois terços das cadeiras da Casa estarão em disputa e pediu que os partidos da base aliada se organizem para priorizar essa eleição.


\"Não que a Suprema Corte seja uma maçã doce. Não, é porque precisamos preservar as instituições que garantam a democracia deste país. Se a gente for destruir o que não gosta, não vai sobrar nada\"

, afirmou Lula, defendendo a estabilidade das instituições democráticas.


A fala do presidente reforça o foco estratégico que o governo quer dar à eleição para o Senado, considerando o cenário político polarizado e a necessidade de blindar o STF de possíveis ataques institucionais.


Destaques