Concurso nacional unificado prevê 8 mil vagas em ministérios e órgãos federais

Mudanças na seleção buscam agilizar contratações e aumentar a diversidade no serviço público

Por Matheus Valadares

04/09/2023 10h22 - Atualizado há cerca de 1 ano

O governo federal tem planos para realizar em fevereiro de 2024 o Concurso Nacional Unificado. Diferente dos processos atuais, o concurso será uma seleção única realizada em 179 cidades brasileiras. A iniciativa visa preencher cerca de 8 mil vagas em diversos ministérios e órgãos do serviço público federal.

A ideia, proposta pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, tem o objetivo de acelerar o processo de contratação de servidores. Segundo o ministério, a medida surge após a saída de 73 mil servidores federais nos últimos seis anos. O modelo é inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretende democratizar o acesso às vagas, além de incentivar a diversidade sociodemográfica e territorial.

Foto: Ron Lach/Pexels/Reprodução.

 

Descentralização e destinação

Apesar da realização descentralizada das provas, a maioria das vagas será destinada a Brasília, sede dos órgãos federais. No entanto, há possibilidade de lotação fora da capital, dependendo da necessidade de cada órgão. Essa definição ocorrerá após a aprovação dos candidatos.

Cronograma e etapas

Os órgãos interessados deverão aderir ao concurso até o dia 29 de setembro, em um processo voluntário. O edital deve ser publicado em 20 de dezembro, com provas previstas para 25 de fevereiro de 2024. Os resultados da primeira fase devem ser divulgados até abril do mesmo ano, seguidos por cursos de formação entre junho e julho.

Opinião especializada

Francisco Antonio Coelho Junior, professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília, enfatiza a necessidade de políticas de capacitação para os novos servidores. "Os órgãos vão precisar desenvolver ações visando qualificar esse servidor em relação às expectativas de desempenho", afirma.

A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação, juntamente com outras entidades como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Advocacia-Geral da União (AGU). A estrutura de governança deve ser definida em um ato oficial até meados de setembro deste ano.

O concurso abrange diversas áreas de atuação, incluindo administração e finanças, setores econômicos, educação e políticas sociais. A seleção contará tanto com provas objetivas quanto dissertativas, permitindo que cada órgão coloque suas próprias exigências no edital.

O objetivo da nova forma de seleção é não apenas agilizar o processo de contratação, mas também garantir que os servidores selecionados sejam altamente qualificados e diversificados, contribuindo assim para a eficácia e eficiência do serviço público federal.

Destaques